A notícia de que uma mulher foi atropelada duas vezes na faixa de pedestres no intervalo de quatro minutos em Blumenau chamou a atenção nesta semana. Afinal, ela atravessava a rua no local certo e mesmo assim foi atingida pelo carro. Não bastasse, outro veículo acertou a vítima enquanto ela ainda aguardava socorro. Os dados da prefeitura mostram que atropelamentos na faixa de pedestres não são tão incomuns quanto deveriam: é pelo menos um a cada três registrados na cidade.
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Desde 1º de janeiro até 25 de junho deste ano, a Secretara de Transito e Transportes registrou 66 atropelamentos em Blumenau. Isso significa, em média, 11 por mês. Do total de ocorrências, 24 ocorreram na faixa de pedestres. A Rua Amazonas, onde ocorreu o duplo atropelamento esta semana, lidera o ranking com o maior número de acidente do gênero, totalizando seis casos em 2024.
As ruas General Osório e Bahia completam o pódio, com quatro cada uma.
A falta de atenção, tanto de motoristas quanto de pedestres, é apontada como uma das causas pelos indicadores negativos, afirma o secretário Lúcio Beckhauser. Ele, inclusive, alerta: não parar na faixa do pedestre é infração gravíssima, assim como ameaçar o pedestre também é uma infração gravíssima, que pode provocar até a suspensão do direito de dirigir. Cita, ainda, que os sistemas de controle de velocidade instalados em Blumenau também são uma das ferramentas para reduzir acidentes e cuidar dos pedestres.
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Os dados revelam que os números de atropelamentos na cidade este ano são bem semelhantes ao do mesmo período de 2023, 66 contra 67, respectivamente. Mas quando se trata especificamente de atropelamentos em faixa de pedestres parece haver uma melhora. Foram 24 este ano contra 37 no ano passado. A quantidade de mortes se manteve igual: uma em 2023 e outra em 2024. Em março, Agnes Montagna, de 74 anos, perdeu a vida depois de ser atropelada por uma ambulância na faixa de pedestres da Avenida Martin Luther, região central de Blumenau.
— A recomendação é que o pedestre pare na faixa de pedestre, espere o carro passar, parar, e daí sim ele faça a travessia — orienta o secretário Municipal de Trânsito Lúcio Beckhauser.
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