Pelo menos oito freezers de ultrabaixa temperatura que pertencem à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) podem ser cedidos para a Prefeitura de Florianópolis para armazenamento de vacinas contra o coronavírus.

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A universidade identificou os equipamentos após receber um ofício da Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis solicitando apoio para ações de combate à pandemia.

Segundo a assessoria da Secretaria de Saúde da Capital, uma reunião entre integrantes da pasta e a universidade para tratar do assunto está prevista para a próxima sexta-feira (8).

De acordo com a UFSC, os freezers de ultrabaixa temperatura poderiam ser utilizados para armazenamento de vacinas contra a Covid-19 que exigem conservação a temperaturas de -70 graus Celsius.

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Em alguns casos, os ultrafreezers que pertencem à UFSC são usados para conservar culturas de células, material bioativo e bactérias e seu uso para as vacinas depende da transferência de parte das amostras, informou a universidade.

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Algumas vacinas desenvolvidas e já em uso em outros países, como a do laboratório Pfizer, necessitam ser conservadas em temperaturas ultrabaixas. Isso é apontado por especialistas como um fator que dificultaria uma campanha de imunização em larga escala.

No Brasil, ainda não há uma vacina aprovada para o início da campanha. O governo federal tem um acordo de produção e distribuição fechado com os desenvolvedores da vacina da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca. O acordo prevê a compra de 100,4 milhões de doses, que devem ser processadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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O imunizante é mais barato é mais fácil de administrar que a vacina da Pfizer/BioNTech, por exemplo, já que pode ser armazenada a uma temperatura de entre 2ºC e 8ºC.

A compra de vacinas da Pfizer, porém, também é uma opção levantada pelo Ministério da Saúde.

Em Santa Catarina, o governo do Estado espera integrar o plano de imunização nacional, e aguarda os encaminhamentos do governo federal. Segundo o plano de vacinação do Estado, a estimativa é vacinar inicialmente 2,8 milhões de pessoas, pertencentes aos grupos prioritários previstos no plano nacional.

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Nesta terça, a Prefeitura de Florianópolis informou que cidades da região estudam unificar o plano de vacinação. Uma das possibilidades estudadas é usar o Ticen (Terminal de Integração do Centro) como um ponto de vacinação contra a Covid-19. A intenção, conforme a assessoria da prefeitura, seria transformar o local em um ponto unificado de imunização, com a possibilidade de vacinação de moradores de diferentes cidades da região da Grande Florianópolis.

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