Último trecho duplicado na SC-401 será inaugurado nesta sexta-feira em Florianópolis

Durante essa temporada de verão, o morador de São José Marco Antonio Machado espera não precisar fazer como nos outros anos: ficar até mais tarde na Praia de Canasvieiras, em Florianópolis, só para evitar as filas na rodovia SC-401. A esperança é de que a duplicação dos últimos 6,6 quilômetros da rodovia, que liga o Centro de Florianópolis ao Norte da Ilha, reduza bastante os congestionamentos. A inauguração será nesta sexta-feira, às 10h, no Viaduto da Vargem Pequena.

Será um evento comemorativo para marcar a conclusão da obra, que deveria estar pronta na década de 1990. Iniciada pelo atual governo em março, a duplicação foi concluída cinco meses antes do prazo contratual, que vence em maio do próximo ano. Foram investidos R$ 36 milhões, sendo R$ 11,9 milhões do Ministério do Turismo e o restante do Estado. As 43 indenizações de imóveis às margens da rodovia custaram R$ 7,9 milhões.

A conclusão é importante para o turismo do Estado, pois a rodovia leva às praias mais procuradas de Florianópolis. Por ligar o Centro ao Norte da Ilha, região com cerca de 160 mil moradores, a via também é bem movimentada fora de temporada. É a rodovia estadual com maior tráfego de veículos em Santa Catarina, com média de 42 mil por dia. No verão, a circulação chega a 50 mil carros diariamente.

Mesmo com a duplicação, não há garantias de que os motoristas parem de enfrentar congestionamentos. Em dias de festas, como o Réveillon ou grandes eventos, o presidente do Departamento de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, reconhece que o trânsito pode ficar bem lento.

– É temerário dizer que não terá mais fila. Mas vai melhorar muito – Pondera Meller.

Para o doutor em engenharia de transporte, José Leles de Souza, tirando dias atípicos, nesse verão e no próximo, a tendência é melhorar o trânsito. Mas, como o crescimento do tráfego é constante, a duplicação da rodovia estadual não seria suficiente para um futuro próximo. Leles prevê problemas em três anos:

– A solução seria a criação de um sistema alternativo de transporte. No caso, o marítimo. As pessoas deixariam os carros em bolsões centrais, como Centro de Florianópolis, Estreito e as cidades vizinhas e iriam para o Norte da Ilha de barco. Isso reduziria o fluxo de veículos.

Menos preocupado com as previsões para o médio prazo, o morador de São José Marco Antonio Machado se prepara para uma temporada de verão mais tranquila.

– Será menos trânsito, e mais praia – deseja o josefense.