O júri de dois réus envolvidos no caso da decapitação do adolescente Israel Mello Júnior, morto em fevereiro de 2016, ocorreu nesta quarta-feira. É o último julgamento do processo do crime cometido em fevereiro de 2016, quando o garoto foi morto e teve a cabeça decapitada. Carlos Alexandre de Melo e Válter Carlos Mendes eram os únicos que ainda não haviam sido julgados: o primeiro por ter um pedido de exame de sanidade pendente — que foi realizado e desconsiderou a possibilidade de insanidade — e o segundo porque a defesa recorreu.

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Eram 9 horas quando o júri começou e a previsão da 1ª Vara Criminal era que não terminaria antes das 20 horas. Apenas Carlos Alexandre de Melo compareceu, já que Válter Carlos Mendes, que estava preso na Penitenciária de Joinville por roubo, fugiu em setembro do ano passado e ainda não foi localizado. O resultado deve ser divulgado na manhã desta quinta-feira, 5 de julho.

A denúncia do Ministério Público é por sete crimes: sequestro e cárcere privado contra duas pessoas, que foram usadas como isca para atrair Israel; homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe; tortura e dissimulação; destruição de cadáver; ocultação de cadáver; vilipêndio a cadáver; e associação criminosa armada. Os cinco réus que já foram julgados foram condenados por todos os sete, em condenação em agosto de 2017.

A maior pena foi de Henrique Alexandre Guimarães, condenado a 32 anos e um mês de reclusão. Luciano da Silva Costa foi condenado a 28 anos e sete meses, Jonathan Luis Carneiro a 28 anos e cinco meses, Leonardo Felipe Bastos a 26 anos e seis meses e Thomaz Anderson Rodrigues a 22 anos e três meses. As penas variam de acordo com os agravantes que cada réu possui, como antecedentes criminais, que aumentam o tempo de condenação.

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Vídeo gravado pelos criminosos circulou nas redes sociais

O jovem Israel de Mello Junior, de 16 anos, foi atraído para uma emboscada durante o sequestro de outras duas pessoas. Ele foi mantido em uma casa no bairro Ulysses Guimarães, onde foi torturado. Após a morte de Israel, sua cabeça foi cortada com golpes de machado e deixada em uma mochila no bairro Jardim Paraíso. A sacola foi localizada por moradores no dia 2 de fevereiro do ano passado. Um vídeo, gravado pelos criminosos, circulou nas redes sociais mostrando o crime.

O jovem foi apresentado ao mundo das drogas durante a adolescência, segundo informações reveladas por testemunhas ao AN na época do crime. Os depoimentos revelaram a ausência de perspectiva do adolescente, que se envolveu com o mundo do crime em menos de dois anos até a morte com requintes de crueldade, em 2016.