Na noite de quinta-feira (25), um prisioneiro condenado à morte foi executado por asfixia com nitrogênio, em uma prisão do Alabama, nos Estados Unidos. Esta foi a primeira vez que o método foi usado no país desde 1982, quando a injeção letal começou a ser aplicada. O caso ganhou repercussão e foi alvo de questionamentos por órgãos que defendem os direitos humanos. As informações são do g1.

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Kenneth Eugene Smith, de 58 anos, foi condenado por ter assassinado uma mulher em 1988, a mando do marido dela. Em novembro de 2022, ele foi submetido à execução com injeção letal, mas os funcionários responsáveis pela operação tiveram dificuldades para encontrar uma veia e falharam.

Os advogados de Smith tentaram reverter a execução com nitrogênio até o último momento. No entanto, a Suprema Corte dos Estados Unidos negou os recursos e determinou que a operação prosseguisse.

Última refeição e palavras finais

Smith recebeu a última refeição na manhã dessa quinta-feira (25). De acordo com as autoridades penitenciárias, ele comeu bife, batata frita e ovos. Qualquer alimento sólido foi proibido a partir das 10h (13h, em Brasília).

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A execução começou às 19h53, pelo horário local (22h53, em Brasília). Cinco jornalistas foram autorizados a acompanhar o procedimento através de um vidro. Parentes do prisioneiro também estavam no local.

Antes do início da execução, Smith fez uma declaração final afirmando que a humanidade estava dando um passo para trás, em referência ao método usado para a morte. Ele também mandou um recado para os parentes:

“Vou embora com amor, paz e luz”, disse ele, segundo uma das testemunhas. “Amo todos vocês.”

Método foi abandonado na década de 80

Para a execução, os agentes colocaram uma máscara no rosto de Smith, fazendo com que ele inalasse gás nitrogênio puro, método abandonado na década de 80. Isso resultou em uma morte por falta de oxigênio.

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Os jornalistas que acompanharam o procedimento afirmaram que o prisioneiro pareceu consciente por vários minutos, começando a tremer na sequência. Testemunhas disseram ainda que Smith se contorceu na maca em que estava por cerca de dois minutos. Depois, ele começou a respirar fundo, até que começou a desacelerar.

— Parecia que Smith estava prendendo a respiração o máximo que pôde — disse o comissário penitenciário do Alabama, John Hamm.

Antes da execução, autoridades do Alabama disseram em documentos judiciais que esperavam que Smith ficasse inconsciente em menos de um minuto e morreria pouco depois. No entanto, Hamm afirmou que Smith tentou lutar e enfrentou uma “respiração agoniante”. Segundo o comissário, tudo o que aconteceu estava dentro do esperado.

Smith foi declarado morto às 20h25 (23h25, em Brasília).

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