Encerra na sexta-feira (30) o prazo para empresários aderirem ao sistema de impostos Simples Nacional, apelidado de Supersimples. Uma alteração aprovada no ano passado ampliou as categorias de serviços que podem pagar taxas por esse regime de tributação. Mas especialistas alertam que é importante fazer as contas antes de realizar a mudança.

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– Algumas atividades eram excluídas do Simples, como médicos autônomos, dentistas e corretores, por exemplo. Agora elas foram incluídas, mas pode não ser vantajoso para algumas atividades – explica Kátia Rausch, gestora de políticas públicas do Sebrae-SC.

Ela alerta que é necessário fazer os cálculos com o contador da empresa antes de migrar para o Simples. A maior parte das novas categorias incluídas acaba caindo na mais cara das seis faixas de tributação. Por isso, é importante checar se a mudança não gerará prejuízo.

– Vários casos dessa faixa ficam mais caros. Se no cálculo o valor for igual ou menor, vale a mudança porque, mesmo que tenha que pagar a mesma coisa, é muito menor a burocracia – avalia Celso Tonelli, diretor da empresa Meus Pedidos, startup que fornece serviços para representantes comerciais, categoria incluída agora na opção do Simples.

Os requisitos para poder optar pelo modelo são o faturamento anual máximo de R$ 3,6 milhões e não estar em débito com instituições federativas.

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Alexandre João da Silveira é contador e tem duas empresas, uma de contabilidade e uma de consultoria. A primeira já estava incluída no Simples desde 2010. Agora, ele deve passar a segunda também ao novo modelo.

– Fiz as contas e vai valer a pena a mudança. Principalmente porque o pagamento da tributação na folha de pagamento cai de 31% para 11% – explicou ele, que agora está avaliando em seu escritório de contabilidade se a mudança também é boa para alguns de seus clientes.

Imagem: Arte DC