Luigi Magione, suspeito de matar Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, veio de uma criação privilegiada e era um entusiasta de tecnologia, formado pela Ivy League (oito das universidade mais prestigiadas dos Estados Unidos). Ele exibia uma aparência bronzeada e definida em fotos de praia, e festas com amigos de fraternidade vestindo blazers azuis. As informações são do O Globo.

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

Parte de uma influente família do setor imobiliário na região de Baltimore, Magione é neto de Nick Mangione Sr. e Mary C. Mangione, que compraram o clube de campo Turf Valley em Ellicott City, Maryland, nos anos 1970 e desenvolveram a comunidade em torno do empreendimento.

Nos anos de 1980, a família adquiriu o Hayfields Country Club em Hunt Valley, Maryland. Além disso, também fundaram a empresa de casas de repouso Lorien Health Services, e o pai de Mangione, Louis Mangione, tornou-se proprietário do lugar. A família também era dona da estação de rádio WCBM, que transmite programas politicamente conservadores. Um primo, Nino Mangione, é membro eleito da Câmara dos Deputados Estaduais de Maryland.

O trabalhado filantrópico e a riqueza da família tornou o nome Magione conhecido em Baltimore. Segundo o advogado e apresentador de rádio que conhece vários membros da família, Thomas J. Maronick Jr., Luigi era “simplesmente a última pessoa que você suspeitaria”.

Continua depois da publicidade

O histórico de Luigi Magione

Luigi Mangione frequentou a escola Gilman (renomada escola em Baltimore), onde lutava e praticava esportes. Foi o orador da turma de 2016 e, em um discurso de formatura, descreveu os colegas como “trazendo novas ideias e desafiando o mundo ao seu redor”. Ele agradeceu aos pais presentes por enviarem ele e seus colegas para a escola, que descreveu como “longe de ser um pequeno investimento financeiro”. Hoje em dia, a mensalidade da escola custa US$ 37.690 (R$ 227.655,14) por ano para o ensino médio.

Durante a faculdade, Mangione se destacou na área da tecnologia. O programa de formatura da classe de 2020 da Universidade da Pensilvânia lista Mangione como membro da Eta Kappa Nu (uma sociedade de honra acadêmica para estudantes de engenharia elétrica e de computação). A sociedade é seletiva, convidando apenas o quarto superior da turma de terceiro ano e o terço superior da turma de quarto ano desses cursos para adesão, segundo o site.

Mangione trabalhou ou fez estágios em várias empresas de tecnologia, depois da faculdade, de acordo com seu perfil no LinkedIn e um ex-empregador. O perfil de Mangione dizia que ele havia trabalhado como engenheiro de software na TrueCar, um marketplace online com sede em Santa Mônica, Califórnia. A empresa afirmou, em comunicado, que ele não era funcionário desde 2023.

Nos últimos anos, Luigi morou por seis meses em Honolulu em um espaço de “co-living” chamado Surfbreak, voltado para trabalhadores remotos. Mangione foi preso em Altoona, Pensilvânia, na segunda-feira (9), depois que um funcionário do McDonald’s o reconheceu e chamou a polícia. Os oficiais disseram ter encontrado ele com uma identificação falsa, uma arma semelhante à vista no vídeo do assassinato e um manifesto condenando a indústria de saúde.

Continua depois da publicidade

Posteriormente, ele foi acusado de homicídio, além de falsificação e posse ilegal de armas.

*Sob supervisão de Luana Amorim

Leia também

Luigi Mangione é membro da “realeza de Baltimore”, conhecida por doar milhões à saúde dos EUA

Luigi Mangione, suspeito de matar CEO, foi dado como desaparecido pela mãe semanas antes do crime