A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove o primeiro fórum “Teatro Negro Brasileiro de Ontem e Hoje”, entre os dias 26 e 28 de novembro. A programação inclui palestras sobre a presença cênica do artista negro brasileiro, oficinas e um espetáculo como encerramento.
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As atividades são gratuitas e promovidas pelo coletivo Ação Zumbi, todas as atividades ocorrerão no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.
Confira a programação completa
Terça-feira (26)
Abertura: às 19h30
Palestra 1: Teatro Negro de Ontem: Compreendendo as Trajetórias de Quem Veio Antes
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Horário: 20h
Ministrante: Julianna Rosa
Descrição: Como o teatro negro de Abdias do Nascimento contribuiu para a criação e continuidade de coletivos negros contemporâneos? Quais as mudanças, quais as descontinuidades? E como seria refletir tudo isso em um território específico, com suas tensões raciais e também resistências negras, como é o caso do estado catarinense? Esses serão os eixos da palestra, tendo como território o estado catarinense e a formação de coletivos negros locais.
Quarta-feira (27)
Oficina 1: SLAM: Oralidade e Resistência
Horário: 9h às 12h
Ministrante: Professor Luan Renato Telles
Descrição: Esta primeira parte da oficina aborda o SLAM (competições de poesia falada) como ferramenta de resistência e expressão da luta negra. Fundamentos e regras do “Slam Poetry” serão introduzidos, incentivando a criação e a apresentação de poemas que reflitam sobre as experiências, desafios e conquistas da comunidade afro-brasileira.
Oficina 2 – Teatro e Voz: “O corpo africano em seus movimentos vocais e corporais expressa sua ancestralidade”
Horário: 14h às 17h
Ministrante: Preparador vocal Estevão Javela
Nesta oficina, será dinamizada a partir de jogos africanos de teatro e voz.
A oficina “O corpo africano em seus movimentos vocais e corporais expressa sua ancestralidade” propõe abordar as diversas tradições e expressões artísticas africanas que estão intrinsecamente ligadas à ancestralidade do continente. Os movimentos vocais e corporais típicos da cultura africana possuem raízes profundas nas crenças, mitos e rituais das comunidades, repetindo a conexão direta com os antepassados.
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Palestra 2: “Corpo e Memória afrodiaspórica em processos artísticos cênicos”, com a professora Adriana Santos
Horário: 19h30 às 20h30
Descrição: A fala levanta reflexões sobre oralidade, escrita, memórias e afrogradas em corpos afro-diaspóricos. Apoiada nos pensamentos de Hambaté Bâ e Leda Maria Martins, a palestra discorre sobre as substâncias materiais e imateriais que atravessaram o Atlântico em nossos corpos e que transbordam em nossas criações artísticas.
Quinta-feira (28)
Espetáculo: “Amor, Negro Amor”
Local: Auditório Garapuvu
Horário: 19h30
Ingressos: gratuitos disponíveis pelo Sympla
Classificação: 16 anos
Duração: 100min
Amor, Negro Amor
O espetáculo aborda como principal questão a solidão da mulher negra. Nele, a espectadora e o espectador são convidados a atravessar localidades e épocas distintas, conhecendo realidades de mulheres e homens negros que vivenciam diferentes formas de amor e desamor.
As questões sociais expostas são de extrema relevância e perduram até os dias atuais, como a desigualdade, o abuso de poder, o racismo, o machismo, o sexismo, a LGBTQIA+fobia e a violência contra a mulher. As cenas são costuradas por músicas e danças de origem africana e revelam a importância da nossa ancestralidade diaspórica. Nessa narrativa, que vai do passado até os dias atuais, o coro ancestral composto por 28 artistas (atores e músicos) é quem conduz o público como um contador de histórias através dos tempos.
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