UFSC tem metade do orçamento desbloqueado pelo MEC: “Situação ainda é crítica”

Metade do orçamento da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que havia sido bloqueado pelo Ministério da Educação, foi liberado na última sexta-feira (3). O valor indisponível, que era de R$ 25 milhões, agora é de R$ 12,5 milhões. O dinheiro é usado pela universidade para pagamento de contas e auxílio aos estudantes.

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O desbloqueio não afeta só a UFSC, mas, sim, todas as unidades de ensino federais. Em Santa Catarina, além da instituição, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e o Instituto Federal Catarinense (IFC) também tiveram bloqueio em seus orçamentos.

O anúncio da mudança foi feito pelo ministro da Educação, Victor Godoy, em uma rede social. O montante bloqueado passou de 14,5% para 7,2%.

Mesmo com o desbloqueio, o secretário de Planejamento da UFSC, Fernando Richartz, define a situação da universidade como “crítica”.

— Ainda é uma situação muito crítica. Basicamente é impossível não fazer cortes. O nosso orçamento já estava no limite, no equilíbrio mínimo possível para poder fechar o ano e qualquer tipo de corte vai exigir ações diretas da gestão para redução desses valores — disse.

Na semana passada, a UFSC reduziu o número de seguranças que trabalham nos campus. A limpeza da universidade também deve ser afetada pelo corte em função da redução no número de funcionários.

— Nós começamos a fazer a redução dos contratos terceirizados e, num segundo momento, iremos entrar para uma redução de bolsas, auxílios aos estudantes, restaurante universitário e tudo mais. Agora com esse novo desbloqueio, acreditamos que os impactos, principalmente nas bolsas para os estudantes, serão menores e, quem sabe, até não será necessário — diz o secretário.

O bloqueio ocorre em um cenário nacional de redução das previsões de recursos. O governo reduziu o orçamento dos ministérios em R$ 8 milhões para custear o pagamento de despesas judiciais e pelo aumento do Plano Safra.

O valor pode ser desbloqueado até o fim do ano, mas a preocupação dos gestores é em manter o funcionamento pleno sem esse valor.

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