Uma aluna quilombola do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sofreu violência racial dentro da instituição. Uma pichação com ofensa racista foi escrita no banheiro do Centro de Educação (CED), onde ela estuda.
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A vítima registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil e também na Secretaria de Segurança Institucional da UFSC, denunciando o caso. De acordo com parentes, a aluna foi chamada de “preta catinguenta”. A pichação pedia, ainda, que ela “voltasse para o quilombo”.
O caso ocorreu na quarta-feira (28). Em nota, a coordenação do curso de Pedagogia informou que interrompeu as aulas ao ter conhecimento da pichação. Em seguida, uma assembleia foi convocada, no hall do prédio, com a participação de alunos e professores.
A Coordenadoria de Relações Étnico-raciais da UFSC também emitiu nota repudiando a agressão. O texto diz que racismo é crime inafiançável e está previsto na Lei 7.716/198. A pena pode ir de 1 a 5 anos de prisão mais multa.
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“Quando ocorre dentro da instituição é preciso uma política ampla que envolva acolhimento a vítimas, punição aos agressores e ações educativas de promoção e prevenção”, afirma a nota da Coordenadoria.
Um protesto contra a ação racista ocorreu nesta quinta (29), convocado pelo movimento negro da UFSC. Entre as reivindicações está a identificação do responsável pelo ato criminoso.
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