A segurança no campus Florianópolis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) será reforçada nesta sexta-feira em função do protesto de ativistas pelos direitos dos animais, marcado para às 18h30min.

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O chefe de gabinete da UFSC, Carlos Vieira, explicou que Polícia Militar e Federal foram comunicadas do protesto e podem ser acionadas se necessário. Mas observou que a orientação dada pela reitoria é que não haja conflito com os manifestantes.

– Emitimos um comunicado interno pedindo isso. Todos estão avisados – afirmou.

Vieira ainda disse que ativistas que quiserem entrar para conhecer o centro de pesquisa não serão barrados. Ele ainda garantiu que a universidade não usa mais cachorro para pesquisas. Os cães que estão no local já foram usados, mas hoje ficam ali aos cuidados da UFSC para não serem abandonados. Acrescentou que nenhum animal sofre maus tratos e que a pesquisa feita com outros bichos, como ratos e camundongos, segue a legislação.

Marcado para começar às 18h30min, na Concha Acústica, o protesto promete ser pacífico, sem invasão como a que ocorreu em São Roque no interior de SP no último dia 12, quando ativistas sequestraram cachorros da raça Beagle do Instituto Royal. A ideia dos manifestantes de Florianópolis é levar um documento pedindo o fim do uso de animais em pesquisas. O grupo formado por protetores independentes e ONGs pede o uso de outros métodos de pesquisa. A página do Facebook criada para o evento tinha 1.028 adesões até as 20h de ontem.

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O protesto também é contra a decisão do desembargador federal Tadaaqui Hirose, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que autorizou a UFSC a retomar a pesquisa com animais no início deste mês. No voto, o desembargador explicou que “embora veja como necessária a adoção de métodos alternativos pelo meio científico, certo é que a utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa está devidamente regulada por lei em vigor (?)”.