A reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está à espera do nome do professor do Departamento de Jornalismo envolvido na suspeita de plágio na elaboração das provas do concurso público para a Assembleia Legislativa.
Continua depois da publicidade
Aplicadas no dia 6 de deste mês, as provas foram canceladas três dias depois por denúncias de que 43 questões haviam sido copiadas de outros concursos. O novo teste está marcado para o 10 de janeiro.
O reitor da UFSC, Álvaro Prata, encaminhou nesta quinta-feira um ofício à direção da Fundação de Estudos e Pesquisas Sócioeconômicos (Fepese) da universidade – instituição que organizou o concurso.
Prata explica que o objetivo não é uma caça às bruxas, mas abrir procedimentos administrativos para apurar responsabilidades. Com isso, também dar oportunidade para o professor se defender. Nesta quinta-feira, o superintendente da Fepese, Altair Acelon de Mello, estava viajando. O documento foi enviado para o presidente da fundação, Guilherme Júlio da Silva.
– A nossa expectativa é de que, no máximo no começo da próxima semana, estejamos com a resposta em mãos. Com isso, precisaremos tomar as providências administrativas cabíveis – diz o reitor.
Continua depois da publicidade
Entre as “providências”, dependendo do que for apurado, está o afastamento do professor. Prata entende que tanto a universidade como o Departamento de Jornalismo não têm responsabilidades. Lembra que coube à Fepese tratar da elaboração das questões. O reitor, no entanto, se mostra preocupado com proporção que o assunto tomou na mídia.
Ele conta que foi procurado pela professora Tattiana Teixeira, chefe do Departamento, que relatou o ocorrido. Também entrou em contato com a direção da Fepese, que confirmou o envolvimento de um professor. De acordo com o reitor, o nome do docente não foi divulgado.
– Estamos diante de um caso onde o professor, o departamento e a universidade sofrem os prejuízos. Mas o que aconteceu é plágio, uma situação inadmissível e sem justificativas – observa o reitor.
Desde o momento em que a Fepese “abriu” a informação de que se trata de um professor do curso de Jornalismo, o clima de desconfiança invadiu o setor. Como não ocorreu a divulgação de quem seria, inclusive pelo critério do sigilo, as pessoas começaram a fazer especulações. Até o momento, o nome de nenhum profissional foi vinculado oficialmente.
Continua depois da publicidade
Após reuniões, o Colegiado do Departamento divulgou nota oficial, na qual alega não ter sido contatado pela Fepese para indicar qualquer dos professores de seu quadro para a elaboração de provas ou atividades similares.