Professores e alunos da área educacional da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) analisaram o texto preliminar do Plano Estadual de Educação (PEE), apresentado pelo governo catarinense no começo de setembro, e pediram objetivos mais ambiciosos. Feito nos moldes do Plano Nacional de Educação (PNE), o documento elaborado pelo Estado prevê 19 metas para os próximos dez anos, que vão desde gastar o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor a melhorar o atendimento em creches. As sugestões discutidas na Pró-reitoria de Graduação da universidade, ontem de tarde, serão encaminhadas para o Fórum Estadual de Educação.

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:: Confira as 19 metas para a educação em Santa Catarina até 2024

De acordo com especialistas, a Secretaria de Estado de Educação apresentou objetivos muito próximos dos estabelecidos na PNE, sancionado pela Presidência em junho. Por isso, algumas alterações serão propostas.

– A UFSC faz parte do Fórum Estadual de Educação, que reúne diversas entidades. Temos até o dia 13 de outubro para entregar as sugestões, que depois serão avaliadas e repassadas ao governo – explica Julian Borba, pró-reitor de graduação da UFSC.

Professora de licenciatura em educação do campo, Beatriz Hanff afirmou que as metas para o ensino médio propostas no PEE são mais “tímidas” do que as para o ensino fundamental. Além disso, ela criticou a falta de propostas de melhoria da educação na zonas rurais:

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– A função do Estado é justamente garantir a educação no ensino médio, então é nesse área que deveriam estar objetivos mais audaciosos. Outro ponto importante que deve ter nesse plano é a solução para a falta de escolas de ensino médio no campo.

Após receber sugestões do Fórum Estadual de Educação, o governo do Estado deve encaminhar o PEE para a Assembleia Legislativa, que precisa aprovar o texto antes da sanção do governador.