Dois assaltos à mão armada em menos de um mês atividades – as aulas iniciaram no dia 18 de março – e quatro carros arrombados em 2013 são indícios do clima de insegurança que alertou a atual gestão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Três importantes atitudes estão em discussão na reitoria para trazer segurança às mais de 35 mil pessoas que circulam no campus de Florianópolis. A primeira é a verificação dos pontos mais escuros do terreno e a implantação de mais postes de iluminação. Também será realizado um investimento previsto em R$3 milhões para a compra de 400 câmeras de segurança. E por último, e não menos polêmico, um possível cercamento do espaço com entradas monitoradas pelo Departamento de Segurança.

O cercamento é um projeto, mas, segundo o pró-reitor de Administração da universidade, Antonio Carlos Montezuma Brito, o traçado de como será o monitoramento das entradas foi discutido no último dia 26 de março com a reitora Roselane Neckel, a pró-reitora de Planejamento e Orçamento, Beatriz Augusto de Paiva, a vice-reitora Lúcia Helena Martins Pacheco, e o chefe de gabinete, Carlos Antonio Oliveira Vieira. A ideia é cercar o terreno do campus de Florianópolis sem perder o caráter público da instituição, com entradas observadas por câmeras e profissionais do Departamento de Segurança. Ele também propõe que tudo seja implantado até o fim deste ano.

– São drogas, assaltos, sequestros, festas e carros de som em altíssimo volume que garantem um gasto excessivo de um grupo de seguranças que não é armado – avaliou o pró-reitor de Administração da UFSC.

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Segundo a reitoria da universidade, tudo deverá ser discutido em conjunto com a comunidade, professores, alunos e técnicos-administrativos. A ideia não é bloquear a passagem, mas “zelar pela universidade”.

– Estamos construindo o projeto de cercamento, traçando o planejamento e vamos discutir amplamente, porque é um assunto complexo, nós sabemos disso – disse Montezuma.

::Nova iluminação para os espaços

Em processo mais avançado, está a implantação de novos postes de luz. As zonas mais escuras e perigosas da universidade são: a parte próxima ao Bairro Serrinha do Centro Sócioeconômico; a área dos fundos do Colégio de Aplicação que liga a universidade ao Bairro Carvoeira; a piscina e as quadras abertas do Centro de Desportos; as vias do Centro Tecnológico que fazem margem à Rua Deputado Antônio Edu Vieira, do Bairro Pantanal; e os becos dentro dos prédios antigos do Centro de Filosofia e Matemática.

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Na próxima segunda-feira, a administração da UFSC deve conversar com a Celesc para tentar uma parceria na implantação de novos postes de luz. Desde a terça-feira, alguns servidores estão em mutirão para revisar as lâmpadas que precisam ser trocadas. Alguns holofotes e projetores estão sendo colocados em direção a prédios com pouca claridade. Dado à gravidade das ocorrências, a universidade pensa “em ver uma alternativa viável e legal para agilizar o procedimento”. De acordo com a administração da instituição, talvez evitar a licitação.

– Vamos até lá pedir um socorro – explicou Montezuma com relação à reunião informal que deve ter com presidente da Celesc, Cleverson Siewert.

::3 milhões para câmeras

Um piloto com 51 câmeras de monitoramento está em execução do Centro de Ciências da Saúde (CCS) para avaliar a efetividade dos equipamentos escolhidos. Dentro de mais ou menos um mês, será aberta a licitação para as empresas. A perspectiva é de que os 400 novos pontos vigiados custem R$ 3 milhões, com locais ainda não escolhidos pelo Departamento de Segurança.

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