Está no relatório da Controladoria-Geral da União (CGU): a UFSC aparece em oitavo no ranking das 10 instituições públicas do Brasil que tem dados classificados como sigilosos, à frente da Infraero e do Ministério da Justiça. No topo da lista está a Marinha.

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Segundo a avaliação realizada pela própria UFSC, há hoje 869 documentos mantidos em segredo na instituição. A maioria desses papéis – 866 – são classificados como “reservados”, o que significa que podem ser mantidos sob sigilo por até cinco anos. Outros três processos são considerados “secretos” e devem continuar longe do domínio público nos próximos 15 anos. Nenhum dado é “ultrassecreto”, o que implicaria em 25 anos de sigilo, tempo que pode ser renovado por mais 25 anos.

No levantamento feito pela CGU a respeito de todos os órgãos públicos ligados a União, nenhuma outra universidade federal usou a classificação para manter dados sob sigilo.

– Não é excesso de zelo da UFSC: eu diria que fomos cuidadosos em seguir a le i- fala o professor, que integrou a comissão criada dentro da universidade para analisar e classificar os dados no último ano.

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A instituição não dá detalhes sobre quais processos estão mantidos em segredo. Explica apenas que são projetos e pesquisas.

No relatório publicado pela própria UFSC na internet, os 869 processos listados aparecem com datas de produção que vão de 2002 até 2013. A justificativa para a classificação é padrão e fala em “prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, assim como sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional”. Segundo Vieira, o cuidado é para que nenhum trabalho seja usado inadequadamente.