A oferta de ensino gratuito em Blumenau não ocorrerá a partir da Furb, como desejava a comunidade acadêmica. A informação é da reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Roselane Neckel, que em conversa com o Santa, sexta-feira à noite, afirmou não haver alternativas jurídicas para viabilizar o projeto.
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O principal entrave: a incorporação dos colaboradores, questão indispensável à Furb. Segundo a reitora, não há como agregá-los porque estão enquadrados em regimes diferenciados e, juridicamente, também é impossível transferir recursos do governo federal para Furb por meio da instituição da Capital. Por isso, a instalação do campus seguirá de forma independente.
– Não é possível criar a Universidade Federal do Vale do Itajaí através da Furb, hoje. Tentamos de todas as formas, mas não temos um marco regulatório para isso. Precisaríamos mudar a Constituição – explicou Roselane.
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Quarta-feira, também em entrevista ao Santa, o reitor da Furb, João Natel, fez um desabafo diante da estagnação das negociações desde agos to. Disse querer uma definição para o processo e, na dificuldade de marcar uma agenda com a reitora, provocou o Ministério da Educação (MEC) em busca de uma resposta oficial.
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– O MEC determinou a instalação de um campus federal aqui, mas quem quer fazer algo conjunto precisa sentar e analisar todos os pontos. Não consegui mais falar com a reitora. Mas uma coisa é certa, a Furb não vai impedir a vinda da UFSC para Blumenau – salientou Natel.
A reitora deixou claro que conta com o apoio da Furb para vir a Blumenau, mas também ressaltou que a instalação do novo campus independe da instituição local. Oferece uma parceria, nos critérios de um termo de cooperação, repudiado em setembro pelo Comitê Pró-Federalização da Furb.
Para analisar o projeto, um grupo com representantes das duas instituições está para ser formado desde setembro.
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