As meninas da ginástica olímpica da UFRGS ganharam o primeiro presente do novo ano. Desde 2003, quando a equipe infantil trocou a Sogipa pela universidade, elas utilizam equipamentos obsoletos do ginásio 2 da Escola de Educação Física (Esef). No final de dezembro, após negociação com o Ministério do Esporte, foi confirmada a compra de 51 itens, entre aparelhos oficiais e acessórios pedagógicos, todos aprovados pela Federação Internacional de Ginástica.
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A principal mudança será no solo. Hoje, elas treinam os movimentos em um naco comprido de carpete e depois aterrissam dentro do fosso de espuma. Bem diferente do tablado a ser recebido, com piso elástico quadrado, recoberto por um tatame de feltro ou material semelhante, de 144m².
– A gente sente bastante diferença na chegada, o piso é mais duro – diz Bárbara Stein Laguna, 12 anos, que assim como as outras meninas, treina na área oficial apenas de dois a quatro dias antes das competições.
E nem por isso os resultados deixaram de aparecer. Aliás, eles foram um dos argumentos usados pela UFRGS na apresentação do projeto que aprovou a compra dos aparelhos franceses da marca Gymnova, um custo de cerca de US$ 80 mil (R$ 190 mil). Em 2004, a equipe infantil foi campeã pan-americana interclubes, em Lima (PER), e desde 2003 figura entre as primeiras do Brasil, sem contar os títulos individuais de cada atleta.
As 15 meninas que já competem não serão as únicas beneficiadas. Cerca de 150 crianças que freqüentam a escolinha também usufruirão o local, assim como qualquer atleta que desejar.
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Com a chegada, prevista entre o fim de fevereiro e o início de março, o ginásio, que hoje divide espaço com o judô, se tornará exclusivo da ginástica. O material existente não será descartado e dividirá o espaço com os novos. Também existe um plano de instalação de câmeras para filmar os treinos de diversos ângulos. As imagens seriam analisadas pelo Centro de Excelência Esportiva, laboratório localizado ao lado do ginásio, e estudaria formas de otimizar o desempenho das atletas por meio de análises biomecânicas e fisiológicas.