Os líderes europeus decidiram nesta quinta-feira suspender as negociações bilaterais com a Rússia sobre os vistos, a primeira medida política em resposta à ação russa na Crimeia, e ameaçaram Moscou com sanções econômicas, caso a situação na Ucrânia se deteriore.

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À margem de uma cúpula extraordinária da UE em Bruxelas, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, indicou que os dirigentes europeus concordaram em adotar uma estratégia progressiva de sanções para obrigar a Rússia a “negociar” uma saída para a crise na Ucrânia.

Além disso, os europeus consideraram como “ilegal” a decisão do parlamento da península ucraniana autônoma da Crimeia de pedir sua integração à Rússia.

– Essa decisão é contrária à constituição ucraniana e, portanto, ilegal – declarou Van Rompuy.

Com essa mesma visão, o parlamento ucraniano decidiu que lançará um procedimento para dissolver a assembleia regional da Crimeia por ter pedido a união com a Rússia.

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O anúncio foi feito pelo presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turchinov.

O parlamento em Kiev “vai iniciar o procedimento de dissolução do parlamento da Crimeia”, afirmou a fonte, horas depois do pronunciamento separatista da câmara dessa região autônoma ucraniana de 2 milhões de habitantes, em sua maioria de idioma russo.