Os líderes da União Europeia (UE) chegaram hoje a um acordo para conceder aos países em desenvolvimento 2,4 bilhões de euros anuais de 2010 a 2012, a fim de ajudá-los em seus esforços contra a mudança climática.

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Todos os países da UE contribuirão para esta contribuição, inclusive os que, como Letônia, Bulgária, Hungria e Grécia, estão em uma situação econômica delicada, informaram fontes comunitárias.

– Todos os Estados-membros e a Comissão Europeia (órgão executivo da UE) contribuíram – anunciou, em entrevista coletiva ao término do encontro, o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt.

Os chefes de Estado e de governo superaram, assim, as expectativas da própria Comissão Europeia, algo pouco comum neste tipo de negociação orçamentária.

– É mais do que esperávamos – reconheceu o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

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Barroso considerou a decisão “muito importante para os países pobres”, porque “seu futuro depende de ações imediatas”.

O Executivo comunitário tinha estimado em setembro que o bloco europeu deveria oferecer entre 500 milhões e 2,1 bilhões de euros anuais para o período 2010-2012 do total de entre 5 bilhões e 7 bilhões que se espera que o mundo industrializado conceda aos países em desenvolvimento.

As contribuições por países não ficaram claras por enquanto, mas foi confirmado que a Espanha entregará 300 milhões de euros para todo o período, e que França e Reino Unido oferecerão cerca de 420 milhões de euros anuais.

A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou que a Alemanha apresentará 420 milhões ao ano.

A oferta de hoje da UE depende para se concretizar das negociações da cúpula da ONU sobre mudança climática (COP15) em Copenhague, que começou na segunda-feira e termina no próximo dia 18.

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É preciso esperar para ver quanto outros países industrializados comprometerão para ajudar as nações pobres, e que medidas este segundo grupo de países tomará para mostrar sua disposição em combater o aquecimento global.