Os dois primeiros salários do prefeito Udo Döhler (PMDB) serviram para pagar o salário de funcionários de quatro entidades assistenciais da cidade e para reformar a sede de uma delas.
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Cada uma das associações recebeu R$ 7.850 via depósito bancário. Em janeiro, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Joinville e Associação Amigos dos Autistas (AMA) foram as contempladas, e na última sexta, foram depositados nas contas do Grupo de Assistência Social Paraíso (Gasp) e do Instituto Pedagógico de Reabilitação Infantil (Ispere) os valores referentes ao mês de fevereiro.
Segundo a Secretaria de Comunicação, foi montado um cronograma de doações para várias entidades assistenciais de Joinville até o fim de 2013 – para os anos seguintes, as doações ainda não foram definidas.
Udo determinou os critérios de escolha das entidades, levando em conta aquelas que têm maior tempo de atuação na cidade e que dão preferência ao atendimento de jovens. A quantia de R$ 15,7 mil corresponde ao que o prefeito recebe, já descontado o Imposto de Renda (IR). O salário bruto de Udo é de R$ 20,5 mil.
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A doação de cada contracheque recebido foi anunciada pelo prefeito quatro dias antes do segundo turno das eleições, quando Udo aparecia atrás do deputado Kennedy Nunes (PSD) nas pesquisas eleitorais. Na época, o então candidato a prefeito chegou a assinar um documento registrado em cartório para reforçar a veracidade de sua promessa.
Alívio nas contas e reformas
Com o dinheiro recebido, a AMA conseguiu pagar o salário de quase metade de sua equipe técnica. “Vivemos de doações do empresariado e janeiro sempre é um mês complicado”, diz Luís Érico Bächtold, presidente da associação.
Na Apae, os recursos serviram para manutenção das atividades oferecidas e também para a quitação do salário de servidores. “Essas contribuições nos
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ajudam a manter ativos”, diz a presidente da entidade, Heloísa Walter de Oliveira.
No Gasp, os recursos também foram usados para pagar parte do salário dos oito funcionários, que atendem a 65 crianças. “Recebemos nessa última sexta e a prioridade são os salários. O que sobrar é para comprar comida”, diz a
vice-presidente Cléa Aguiar.
A presidente da Ispere, Ivete Maria Stelter, diz que está utilizando o dinheiro para fazer reformas e adaptações emergenciais na casa onde o órgão está instalado. “Muitas mudanças tinham que ser feitas. O recurso vai servir para fazer esses ajustes”, disse.