Udo Döhler faz balanço dos dois primeiros anos de governo em Joinville

O prefeito de Joinville Udo Döhler apresentou na noite desta segunda-feira um balanço da gestão dos primeiros dois anos de governo. E o fez diante de uma plateia formada predominantemente por empresários, com bom humor e com a participação de todo o seu colegiado.

Udo foi o convidado da reunião semanal da Associação Empresarial de Joinville (Acij). Logo nos primeiros minutos, Udo mostrou dez pontos focados nas gestões pública e privada, um jeito privado de encarar o serviço público. Ao lado de uma foto dele próprio em tamanho real, aparecia no telão uma lista com dez “dicas por Udo Döhler”, que serviu de pano de fundo para a apresentação.

Enquanto lembrava os detalhes de cada item, o prefeito chamava de surpresa os secretários.

_ Qual é o prazo, Tirelli? E os projetos, Larissa? Em que fase está, Roque? _ perguntava no meio da apresentação para os secretários (Juarez Tirelli, responsável pelas áreas de serviços públicos e meio ambiente; Larissa Brandão, secretária da Saúde; e Roque Mattei, da Educação), que estavam no meio da plateia.

A cada ponto, data ou valor que pudesse enganar a memória do prefeito, uma nova pergunta era enviada ao colegiado espalhado entre os ouvintes.

Embora a reunião fosse de balanço, um dos pontos mais destacados pelo prefeito foi o planejamento. Udo fez questão de apresentar projetos de cada área para o planejamento 2030+30, um projeto de longo prazo.

_ Somos tentados a governar apagando incêndios, sempre tem algo que nos é urgente. Mas precisamos encontrar tempo para planejar _ disse o prefeito.

Confira alguns pontos destacados pelo prefeito

Saúde

O aumento na capacidade do Hospital São José em 25% foi lembrado pelo prefeito logo no começo da apresentação sobre a saúde pública. Mas veio acompanhada de uma crítica ao sistema. Segundo Udo, a “ambulancioterapia” continua presente, e Joinville, por ser um polo de atendimento, é a cidade mais prejudicada no Norte do Estado.

De acordo com ele, 27% dos atendimentos feitos no São José são de pessoas de fora da cidade. A secretária Larissa Brandão lembrou que novas unidades básicas de saúde serão inauguradas nos próximos meses.

O prefeito também lembrou do Projeto Sim _ Saúde Itinerante, um caminhão adaptado que está sendo montado para atendimentos nos bairros.

Planejamento e Infraestrutura

Entre os projetos apresentados que o prefeito quer ver pelo menos começados nesta gestão está a ponte que vai ligar o Adhemar Garcia ao Boa Vista. O projeto foi refeito e vai custar R$ 107 milhões. É uma das mais importantes obras projetadas pelo governo municipal para o trânsito e a mobilidade urbana.

_ Esperamos que no fim do ano que vem possamos iniciar essa ponte _ disse.

Outro projeto apresentado foi o do Parque Piraí, no Vila Nova, único na zona Oeste da cidade. A proposta prevê até um elevador com vista panorâmica para a cidade. Mas ainda é apenas um projeto. O projeto do rio Cachoeira, um programa de R$ 2 bilhões para drenagem e combate às enchentes, com recursos aprovados do Ministério da Integração, também foi mostrado rapidamente aos participantes. O projeto é um dos mais importantes do Centro da cidade.

Reforma administrativa

O prefeito lembrou dois pontos fundamentais no trabalho dentro da Prefeitura que nem sempre a população acompanha de perto: a transparência nos atos e a visibilidade nas ações e nas respostas à sociedade. Udo lembrou que um dos pontos atacados desde o começo do governo foi a imagem do serviço público.

_ Os desvios de conduta são os que mais incomodam. Dá desgaste combater? Dá, mas é importante e não vamos nos omitir _ disse Udo.

Educação

Com a ajuda do secretário Roque Mattei, o prefeito lembrou que serão entregues cinco CEIs nos próximos meses, cada um deles com investimento estimado em torno de R$ 2 milhões.

_ Aumentamos as vagas nos CEIs de 10,5 mil no começo do governo para mais de 18 mil no fim do ano que vem _ disse o secretário.

No balanço, o prefeito também lembrou que foram feitas reformas em mais de 15 escolas municipais nos primeiros dois anos de governo.