Quando boa parte da vida é dedicada a construir uma bem-sucedida carreira empresarial, por que alguém decide ingressar na política? Para entender o que levou o atual prefeito de Joinville, Udo Döhler, 73 anos, a seguir este caminho e o seu desejo de continuar, é preciso voltar no tempo. Quatro décadas atrás, Udo teve sua primeira experiência pública, na Fundamas. Foram dois anos de intenso convívio com a comunidade do bairro Itaum, onde se envolveu com atividades de promoção social e viu a mobilização das pessoas.

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Confira aqui o perfil dos outros candidatos

Udo diz que aqueles dias foram de grande gratificação, só que estava focado na missão empresarial que tinha pela frente e não pensou, à época, em iniciar a carreira política.

O tempo passou, o empresário alcançou os seus objetivos e aqueles velhos dias voltaram à mente.

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– É como um livro que se lê na adolescência e somente anos depois, na vida adulta, cai a ficha – compara.

Segundo suas próprias palavras, a motivação pessoal para seguir nesta segunda carreira, a de político, é o desejo de contribuir com a cidade. Foi o que ele sentiu durante aquela experiência na juventude. Tomada a decisão e após a vitória nas urnas, a realidade à frente do governo trouxe uma série de desafios, e as críticas chegaram.

Diferentemente da vida empresarial, em que uma crítica aberta a um presidente de empresa não é algo comum, no setor público não há filtro algum. O jeito foi aprender a lidar com essa situação.

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– Entendi que tudo o que acontece sempre será culpa do prefeito. Aprendi a ser resiliente, a focar mais nas questões da cidade e não levar em consideração as questões pessoais – explica o atual prefeito.

Como gestor, Udo Döhler diz que olha processos e condutas “com uma lupa”, centralizando procedimentos. Dessa forma, consegue ter uma visão geral do que acontece. Ele também afirma que isto não significa que seja centralizador ou que fique fechado em sua sala.

– Fico, no máximo, 10% do tempo no gabinete. Tenho de ouvir o colegiado, de circular pelas secretarias – lembra Udo.

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Quem convive de perto com ele sabe que gosta de acordar cedo, antes de o Sol nascer. E como o trabalho começa logo em seguida, o primeiro da fila nos despachos também tem que ajustar o despertador.

O prefeito conta que vai dormir sempre por volta de meia-noite. E dorme bem! Levanta às 5 horas e reserva a primeira hora do dia para resolver assuntos particulares e empresariais. Depois, já começa a rotina da vida pública.

Na campanha, a agenda de candidato ganha destaque nas primeiras e nas últimas horas do dia, conciliando com a agenda de prefeito. A estratégia é a mesma da campanha passada, avisa Udo, mas ele não parou no tempo. Um dos recursos desta vez é o aplicativo para smarthphones que traz informações sobre o candidato e a campanha. E não é só para o público externo. Ele também faz uso do recurso para mostrar seus feitos.

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