A menos que ocorra uma reviravolta de última hora, o prefeito eleito de Joinville, Udo Döhler (PMDB), não deve encontrar problemas para governar mesmo entre os partidos que foram adversários no segundo turno e que elegeram vereadores, como o PSD, o PSDB, o PT e o PP.
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PDF: a posição de cada vereador
‘A Notícia’ consultou 18 vereadores – Odir Nunes estava em viagem – e perguntou qual seria o posicionamento frente ao governo Udo. Nove responderam que votarão a favor e nove informaram que vão aguardar a indicação do partido, mas anteciparam que não vão fazer “oposição por oposição”. Isso permite concluir que o prefeito eleito de Joinville vai governar com ampla maioria no Legislativo.
Os vereadores do PSD, Patrício Destro e Pastora Leia, dizem que a intenção de cada um não é ser de oposição a Udo, mas de “trabalhar pela cidade”. Outro pessedista, Odir Nunes, declarou ao colunista Jefferson Saavedra, na segunda-feira à noite, que não quer saber de oposição por oposição.
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O deputado estadual Darci de Matos (PSD) também já havia declarado que não quer o PSD na oposição a Udo. Kennedy tirou alguns dias de descanso e só volta para conversar sobre os rumos da política na próxima sexta-feira.
A única dissidência mais sonora vem do presidente do PSD, Afonso Ramos, que foi candidato a vice de Kennedy. Para ele, a postura mais coerente, diante do que considera “ataques” do PMDB, é o partido ser oposição.
– Acho coerente que nossos vereadores e os dos partidos que nos apoiaram sejam oposição. Quem não quiser, que mude de sigla -, afirmou.
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O PSDB se reuniu na segunda-feira e decidiu que o vereador eleito Fábio Dalonso (PSDB) será interlocutor junto a Udo. Maurício Peixer e Roberto Bisoni, que fecham os três nomes do PSDB na Câmara, dizem que vão com o que o partido decidir.
O presidente do PSDB, Lauro Kalfels, diz que o partido está unido e vai lutar por espaços, inclusive na mesa diretora. Dalonso sinaliza a intenção de “trabalhar pela cidade” e não fazer oposição ferrenha ao governo. O deputado federal Marco Tebaldi deu aval a Dalonso para que cuide das negociações no Legislativo.
No PT, que esteve com Kennedy no segundo turno, a justificativa de aproximação com o PMDB a partir de agora seria o apoio do partido de Udo na reeleição de Dilma em 2014. É o que dizem os vereadores Manoel Bento e Lioilson Correa. O presidente do PT, Írio Correa, diz que deve ser feita uma reunião esta semana para definir a atuação do PT na Câmara.
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O PP ainda vai se reunir para saber que direção seguir. O vereador eleito Sidnei Sabel (PP) disse que vai aguardar posicionamento da sigla e de outros eleitos para ter uma definição, mas também não fala em oposição ferrenha e sim em trabalhar por projetos que sejam melhores à população.
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