Os militares ucranianos na Crimeia foram autorizados nesta terça-feira a usar suas armas após a morte de um militar durante um ataque a uma base em Simferopol, anunciou o Ministério da Defesa.
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“Para proteger as vidas de nossos soldados, as unidades militares ucranianas na Crimeia foram autorizadas a utilizar suas armas”, segundo um comunicado do ministério.
Até o momento, os soldados ucranianos vinham recebendo ordens de não “responder às provocações” das forças russas que ocupam a Crimeia há mais de duas semanas.
Segundo o ministério, o aspirante S. Kakurine foi morto com um tiro no coração durante um ataque a sua unidade em Simferopol.
O capitão V. Fedune foi ferido no pescoço e no braço e um terceiro soldado foi ferido na cabeça e na perna com cassetetes.
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“Os agressores estavam uniformizados como militares russos e armados com fuzis”, segundo o comunicado.
O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk acusou Moscou de comete crime de guerra e disse que o conflito com a Rússia entrou em uma fase militar após a morte do soldado.
Nos confrontos desta terça-feira, também morreu um integrante das “forças de autodefesa pró-russas”, anunciou uma porta-voz da polícia local, citada pela agência de notícias Interfax-Ucrânia.
Sua versão dos fatos difere da apresentada pelo Ministério ucraniano da Defesa, que indica apenas um morto e dois militares feridos.
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A Crimeia está sob controle há duas semanas de forças russas e pró-russas que cercam os soldados ucranianos, presos em suas bases.
O comandante da Marinha ucraniana, Serguei Gaiduk, indicou nesta terça que “as tentativas de invasão armada de unidades militares se multiplicaram” nos últimos dias na Crimeia.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, considerou que o conflito coma a Rússia na Crimeia passava “da fase política para uma fase militar”.