O esporte faz parte da história de Ubiratan de Andrade Júnior desde que tinha 10 anos de idade, quando começou a praticar handebol. Foi através do esporte que ele conseguiu superar um acidente com fogos de artifício, aos 15 anos, e, recentemente, escolhido para estar entre as pessoas que terão o privilégio de conduzir a tocha olímpica em Santa Catarina.
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-Estou na expectativa para conduzir a tocha olímpica. Na realidade, se a gente não consegue participar da Olimpíada como atleta, pelo menos conduzir a tocha vai ser bem emocionante – revela.
O acidente com os fogos de artifício aconteceu no reveillon de 1986. A família de Ubiratan tinha como tradição soltar foguetes e ele, infelizmente, pegou um que estava falhado e estourou na sua mão. Teve que amputar um dedo e perdeu parte de outros dois da mesma mão.
Passado o período de recuperação, tentou voltar a jogar handebol, mas não conseguiu retornar no mesmo nível e acompanhar a evolução dos companheiros de equipe. Ubiratan não pensou em abandonar os esportes, aliás, foi a prática de atividades físicas que o manteve bem.
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-O esporte faz parte da minha vida desde pequeno. É importante para ganhar disciplina, ensina lições de respeito, amor ao próximo, trabalho em equipe, e ainda ajuda a manter o foco nos objetivos que desejamos alcançar – explica ele, que hoje é árbitro da Confederação Pan-Americana de Handebol.
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Amante de esportes, Ubiratan se reveza entre algumas modalidades e é praticante de triathlon. Recentemente completou a primeira prova de Ironman, em Florianópolis, e cumpriu os 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42,195 km de corrida em 11h35min. Antes de encarar um desafio tão grande como este, já havia feito três provas de Ironman 70.3, que tem a metade das distâncias, sendo 1,9 km de natação, 90 km de ciclismo e 21,1 km de corrida.
-O esporte faz a gente querer chegar mais longe, melhorar o tempo, caminhar um quilômetro a mais, fazer uma prova mais longa. Quando cruzamos a linha de chegada passa muita coisa na nossa cabeça. A gente lembra das exaustivas horas de treinamento, os momentos que passamos longe da família, as coisas que abdicamos para focar nos treinos – conta o árbitro atleta.
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