Foi um domingo triste para o mundo do atletismo. Dois dos maiores nomes da prova dos 100m rasos, ambos rivais de Usain Bolt, Tyson Gay e Asafa Powell vieram a público para confirmar: testes antidoping deram positivo para substâncias proibidas.
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O primeiro foi o americano Gay, 30 anos, campeão mundial dos 100m e dos 200m em Osaka/2007, integrante da equipe que ficou com a medalha de prata no revezamento 4x100m na Olimpíada de Londres/2012 e atleta com o melhor tempo deste ano nos 100m, 9s75 – o recorde do jamaicano Bolt é de 9s58. O velocista não especificou qual substância apareceu em seu exame, datado de 16 de maio, mas informou que, por consequência, não poderá participar do Mundial de Moscou, de 10 a 18 de agosto. Segundo relatou o próprio Gay, a Agência Americana Antidoping (Usada), lhe comunicou na sexta-feira que sua amostra tinha dado positivo. A contraprova será realizada nos próximos dias.
– Não tenho nenhuma história sobre sabotagem. O que aconteceu é que pus minha confiança em alguém e não deu certo – comentou o americano.
Poucas horas depois, a Comissão Antidoping da Jamaica confirmou que cinco atletas do país foram flagrados no teste antidoping durante a seletiva para o Mundial de Moscou. A lista inclui três velocistas campeões olímpicos: Nesta Carter (ouro em Pequim/2008 e Londres/2012 no 4x100m masculino), Sherone Simpson (ouro no 4x100m feminino em Atenas/2004) e Asafa Powell (ouro no 4x100m em Pequim/2008 e ex-recordista mundial). Eles estão fora do Mundial.
O exame de Powell, 30 anos, acusou o uso do estimulante oxilofrina. Por meio de uma carta divulgada nas redes sociais, o atleta jamaicano se defendeu alegando não saber como a substância proibida entrou em seu corpo:
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– Quero deixar claro para minha família, meus amigos e principalmente meus fãs em todo mundo que eu nunca faria uso de qualquer substância ou suplemento conscientemente e intencionalmente para quebrar as regras. Não sou nem nunca fui um trapaceador.