A televisão ainda ocupará um lugar de destaque na feira anual da alta tecnologia em Las Vegas (oeste dos Estados Unidos), que começa na próxima semana e que deve, contudo, confirmar a ascensão inexorável de “outras telas”: dos telefones celulares, smartphones e tablets. A indústria da televisão, que experimenta o ressurgimento do interesse com os rumores do lançamento de uma iTV pela Apple – sempre ausente do salão International CES – e de um serviço baseado na internet pelo fabricante de chips Intel, deve multiplicar as apresentações de televisores cada vez mais conectados, com mais design e “ultra-alta definição”.
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A maior fabricante mundial, a sul-coreana Samsung, mantém as expectativas com uma mensagem em seu blog, onde promete “uma forma de televisão nova e sem precedentes”, com uma ilustração que gera especulações sobre uma tela transparente, na forma de um retângulo vertical em vez de horizontal, como é a norma hoje. A número dois, LG Electronics, da Coreia do Sul, também vai expor telas de nova geração, as ditas orgânicas eletroluminescente (OEL ou OLED), com pré-encomendas abertas esta semana.
É o maior produtor do mundo a chegar à fase comercial desta tecnologia, muito mais eficiente do que o LCD e o plasma atual. Mas o CES deve ser especialmente importante para outras telas, as dos aparelhos móveis cada vez mais populares e seus acessórios, especialmente para facilitar o carregamento.
– Os tablets e smartphones vão estampar as manchetes – antecipa Allie Fried, da associação de eletrônica de consumo CEA, que organiza o salão. Eles são hoje o verdadeiro motor do crescimento para o setor: a CEA espera a venda de mais de 350 milhões de unidades este ano apenas para os Estados Unidos.
– A mudança que temos visto nos últimos anos tem sido em relação a tecnologia móvel, que se opôs ao entretenimento doméstico. Este continua a desacelerar – considera.
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Indicador dessa mudança é que o chefe de um fabricante de chips para dispositivos móveis, a Qualcomm, discursará na abertura do evento este ano. Este papel foi nos últimos anos desempenhado pela Microsoft, mas a gigante do software reduziu este ano para uma presença mínima no CES, renunciado até a um stand. Esta notável ausência não impedirá o salão de bater um novo recorde em termos de espaço reservado.