A TV Câmara voltou atrás e não irá exibir a sessão do Tribunal de Contas da União (TCU) de julgamento das contas do governo Dilma Rousseff. Na terça-feira, havia sido divulgado que a emissora transmitiria flashes ao vivo do plenário nos intervalos das sessões na Câmara dos Deputados.

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Ao jornal Folha de S. Paulo, o diretor da TV Câmara, Cláudio Lessa, admitiu que a emissora não costuma exibir as sessões do TCU. Porém, afirmou que o julgamento “será o fato mais importante” do dia.

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Nesta quarta-feira, a assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados confirmou que não haverá a transmissão da sessão, mas não informou o motivo da mudança. Às 17h, horário do julgamento no TCU, a TV exibirá a sessão plenária da Casa.

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está sob o comando da emissora. Ele afirmou, porém, que não determinou a exibição.

Na terça-feira, deputados petistas chagaram a ir à emissora reclamar da transmissão. O julgamento das contas de Dilma pode ser acompanhado pelo canal oficial do TCU no YouTube.

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Como será a sessão no TCU

No início da sessão, o plenário discutirá questão de ordem sobre o pedido de afastamento do ministro Augusto Nardes, relator da análise das contas do governo. O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, alega que Nardes antecipou publicamente seu voto – o que seria proibido.

“O TCU não pode julgar neste ambiente de pressão”, diz Adams

“Não me julgo suspeito”, afirma Nardes

Se o plenário entender que Nardes não está impedido, o julgamento prossegue. Caso os ministros concordem pela suspeição de Nardes, a apreciação das contas poderá ser adiada.

O resultado da análise será encaminhado ao Congresso para se posicionar se aprova ou rejeita o balanço. A rejeição pode ser usada para acelerar a abertura de processo de impeachmnet de Dilma. Entre as irregularidades nas contas apontadas pelo TCU estão as pedaladas fiscais. O governo atrasou repasses para bancos que tiveram de custear benefícios sociais e previdenciários, como Bolsa Família e seguro-desemprego. A prática descumpriria a Lei de Responsabilidade Fiscal.

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* Zero Hora