A embaixada da Turquia em Washington classificou, no sábado (11), de “ridículas” as alegações de que Ancara teria oferecido milhões de dólares aos EUA em troca da extradição do pregador Fethullah Gülen, acusado de promover a tentativa frustrada de golpe no país em 2016.
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“Todas as alegações, segundo as quais a Turquia teria recorrido a meios alheios ao Estado de direito para a extradição (de Fethullah Gülen), são totalmente falsas, ridículas e sem fundamento”, declarou a embaixada, em um comunicado publicado em sua conta no Twitter.
Ancara acusa Fethullah Gülen de ter insuflado o golpe de Estado de julho de 2016, no qual mais de 250 pessoas morreram.
Instalado nos Estados Unidos desde 1999, Gülen nega qualquer envolvimento. Os repetidos pedidos da Turquia de que seja extraditado ficaram, até agora, sem resposta.
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Na sexta-feira, o canal americano NBC e The Wall Street Journal informaram que o procurador especial Robert Mueller está analisando uma reunião entre o ex-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Michael Flynn, o filho dele, Michael Flynn Jr., e funcionários de alto escalão do governo turco. O encontro teria acontecido depois da vitória de Donald Trump na eleição, em 8 de novembro de 2016, e antes de sua posse, em 20 de janeiro.
Segundo a NBC, o encontro teria ocorrido em dezembro de 2016 em um exclusivo clube de Nova York. Os turcos teriam oferecido a Flynn “15 milhões de dólares no máximo para entregarem Fethullah Gülen ao governo turco”.
O WSJ disse ignorar se os representantes do governo turcos concretizaram a proposta, acrescentando que não há qualquer rastreamento de pagamentos.
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Os advogados de Flynn garantem que as notícias são “falsas”. Essas acusações, “que vão de sequestro a corrupção”, são “injuriosas” e “prejudiciais” para seu cliente, que nega qualquer ato repreensível, declararam seus advogados em um comunicado.
lsb/pa.zm/tt
* AFP