O embaixador dos Estados Unidos em Ancara foi convocado nesta terça-feira pelo Ministério turco das Relações Exteriores pelas declarações dadas na véspera por uma autoridade americana, segundo a qual o principal partido curdo na Síria não era “terrorista” – noticiou a imprensa local.

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As autoridades turcas consideram o Partido da União Democrática (PYD) como um grupo “terrorista” e, nesse sentido, manifestaram seu “mal-estar” com o comentário do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby.

Segundo o jornal Hürriyet, o americano disse não considerar o partido como uma “organização terrorista”.

O apoio dos Estados Unidos ao PYD e às suas milícias, as chamadas Unidades de Proteção do Povo (YPG), são há meses motivo constante de atrito entre Ancara e Washington.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, mostrou sua irritação à imprensa abertamente na semana passada, após a visita de Brett McGurk, o enviado especial do presidente americano, Barack Obama, à cidade síria de Kobane. A localidade se encontra sob controle dos milicianos das YPG.

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“Como podem confiar neles? Não sou, por acaso, o sócio [dos Estados Unidos]? Ou, por acaso, são os terroristas de Kobane?”, questionou Erdogan.

Contando com o apoio da coalizão internacional dirigida pelos Estados Unidos, os curdos da Síria conseguiram repelir, há um ano, a ofensiva do grupo Estado Islâmico (EI) sobre Kobane.

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