Nova ofensiva à vista
Durante muito tempo os aliados da Turquia acusaram o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan de complacência com grupos hostis ao regime de Damasco, como o Estado Islâmico.
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Depois de meses de pressão dos aliados da Otan, a Turquia aceitou há alguns meses integrar a coalizão militar anti-jihadista liderada pelos Estados Unidos e reforçou há um ano os controles em suas fronteiras para cadastrar milhares de pessoas, procedentes em particular da Europa.
O objetivo é identificar os migrantes que procuram se unir ao EI. Desde 2014, a Turquia afirma ter expulso mais de 2.300 suspeitos de ligações jihadistas.
Segundo cifras oficiais publicadas na semana passada, mais de mil pessoas de várias nacionalidades se encontravam detidas no fim de outubro na Turquia por supostos vínculos com o EI.
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Em sua “guerra ao terrorismo”, no entanto, o governo de Ancara se centra mais em atacar os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) do que em atacar os jihadistas, por sua vez inimigos dos milicianos curdos.
Os rebeldes do PKK, por sua vez, anunciaram na quinta-feira o fim da suspensão das operações militares contra as forças de segurança turcas decretada antes das legislativas de domingo passado, vencidas pelo partido do presidente Recep Tayyip Erdogan.
Em 10 de outubro, os rebeldes anunciaram o início de um período sem atividades visando às legislativas, afim de permitir a realização das eleições em 1o. de novembro.
No entanto, destacaram que responderiam a todos os ataques por parte da Turquia.
* AFP