O governo turco decidiu tomar novas medidas de segurança em nível nacional após o atentado com carro-bomba que matou 28 pessoas na quinta-feira no centro de Ancara, anunciou neste sábado o primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu.

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“Vamos para a aplicação de modificações em matéria de segurança”, declarou Davutoglu após uma reunião de cinco horas em Ancara com os encarregados da segurança nacional, destacando a preparação de um “plano de ação” anti-terrorista.

Davutoglu destacou que a quantidade de forças de segurança aumentará e serão “mais visíveis” em sua missão, e chamou todos os turcos a ajudar.

“As organizações terroristas buscam provocar um trauma e o caos entre a população. Todos devemos prestar ajuda às forças de segurança. Nenhum conceito em matéria de segurança pode ter sucesso sem o apoio do povo”, declarou o chefe de governo islâmico-conservador.

Ahmet Davutoglu rejeitou a reivindicação por parte de um movimento radical curdo armado do atentado sangrento, e insistiu que foi cometido em colaboração com o Partido dos trabalhadores do Curdistão (PKK) e os combatentes curdos sírios das Unidades de Proteção do Povo (YPG) que a artilharia bombardeia há uma semana.

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“Está claro que este atentado terrorista é obra do PKK-YPG)”, completou.

Davutoglu criticou novamente o apoio dos Estados Unidos aos combatentes curdos da Síria e pediu “ser solidário da Turquia em sua luta contra o terrorismo”.

“A única coisa que esperamos dos Estados Unidos, de um aliado, é que seja solidário com a Turquia pois há uma ameaça contra a segurança de nosso país”, disse o primeiro-ministro.

Os Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), grupo próximo ao PKK segundo o governo turco, reivindicou na sexta-feira o atentado e advertiu que haverá novos ataques.

Vinte e dois suspeitos foram detidos no marco da investigação sobre o atentado, ocorrido no centro da capital turca contra veículos militares, completou Davutoglu.

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