As forças leais ao governo detiveram 754 militares envolvidos no golpe deflagrado na sexta-feira na Turquia, informou na manhã deste sábado a agência oficial de imprensa Anatólia, acrescentando que 60 pessoas morreram.

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O ministro do Interior, Efkan Ala, ordenou a destituição de cinco generais e 29 coronéis, segundo a Anatólia.

As Forças Armadas turcas, as mais numerosas da Otan depois dos Estados Unidos, têm um longo histórico de ingerência política e protagonizaram três golpes de Estado, em 1960, 1971 e 1980, além de forçar um governo de inspiração islâmica a deixar o poder, em 1997.

Na maioria dos casos, os golpes foram liderados pela cúpula militar, mas o movimento iniciado nesta sexta-feira não contou com o apoio das maiores patentes das Forças Armadas.

Os principais comandantes militares – habitualmente discretos e reservados – se alternaram nas redes de televisão para denunciar o “ato ilegal” e pedir o retorno de seus companheiros aos quartéis.

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O último golpe fracassado na Turquia ocorreu em 1963 e seu líder, um coronel, foi executado, pouco antes da Turquia abolir a pena de morte.

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