O “Cascão” da Turma da Mônica voltou a entrar na água como um gesto de solidariedade às vítimas da cheia que castiga o Rio Grande do Sul. A primeira vez que o personagem de Maurício de Souza havia feito isso foi em 1983, quando outra enchente histórica devastou Blumenau e região.
Continua depois da publicidade
Inscreva-se e receba notícias pelo WhatsApp do Vale do Itajaí
Cascão tem medo de água e, nas histórias em quadrinho, foge de qualquer situação em que pode ter contato com ela. Por isso, a publicação feita nas redes sociais da Turma da Mônica nesta terça-feira (7) gerou elogios do público pelo simbolismo em incentivar a ajuda ao Rio Grande do Sul.
“A 1ª vez que o Cascão entrou na água foi em 1983 para ajudar vítimas das enchentes na região sul do país. Hoje ele volta à água para ajudar novamente”, diz a mensagem ao lado da imagem. As “enchentes na região sul” que o texto se refere são as cheias que deixou 49 mortos no Vale do Itajaí na década de 1980.
Continua depois da publicidade
Em julho de 1983, a chuva forte atingiu a região por cinco dias e o Rio Itajaí-Açu chegou aos 15 metros. O fenômeno deixou 197.790 mil desabrigados em 90 municípios catarinenses, segundo a Defesa Civil do Estado.
A Prefeitura de Blumenau ficou completamente ilhada. Casas foram arrastadas, pessoas tiveram que se abrigar em sótãos e marquises. Não havia energia, água potável, comida ou telefone. Só em Blumenau, foram 50 mil desabrigados, representando 29,3% da população, e oito mortos.
Todo o Vale do Itajaí foi atingido. Em Taió, cerca de 90% da zona urbana do município foi totalmente alagada. Em Rio do Sul, 400 casas foram arrastadas ou desapareceram.
Como ajudar o RS
Os catarinenses podem ajudar os moradores afetados pela chuva que atingem o estado gaúcho através de doações via Pix ou em pontos de coleta. Veja a lista neste link.
Continua depois da publicidade
Leia mais
Adolescentes vítimas de acidente de carro vão virar nome de ruas em Blumenau