O corpo do turista do Rio Grande do Sul morto após ser confundido por traficantes na comunidade do Siri, no Norte da Ilha, em Florianópolis, teve a identificação divulgada nesta terça-feira (7). Kennedy Maldaner Santos da Silva tinha 20 anos e morava na cidade de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
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Segundo a Polícia Civil, o jovem teria entrado na comunidade com amigos no domingo (5) para comprar maconha quando três deles acabaram capturados por traficantes, que os confundiram com rivais do grupo criminoso. Outros dois jovens ficaram feridos, mas conseguiram fugir. Os rapazes passavam férias na Capital catarinense.
O corpo de Kennedy foi encontrado pelos policiais no fim da manhã desta segunda-feira (6) em uma trilha perto das dunas do Siri, local que os criminosos usam para executar rivais e para onde os jovens foram levados depois de serem capturados. De acordo com o Instituto Geral de Perícias (IGP), Kennedy foi morto a tiros.
A família do jovem chegou a Florianópolis ainda na segunda-feira para a identificação. O corpo foi liberado durante a madrugada e chegou a São Leopoldo no começo da manhã desta terça. O rapaz morava com a família no bairro Feitoria Seller. O velório ocorre durante a tarde e a noite desta terça-feira e o sepultamento está previsto para as 9h desta quarta-feira (8), no cemitério municipal.
— Era uma pessoa que estava sempre entre a gente, querida, sempre alegre e feliz, de bem com a vida, tinha muitos amigos, é muito lamentável o que aconteceu — comentou Samuel Viana, 23 anos, que é amigo de infância de Kennedy, em entrevista por telefone.
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Samuel, que trabalha numa vidraçaria em São Leopoldo, contou que o clima entre os conhecidos do grupo de amigos é de tristeza.
— Está difícil de cair a ficha. No último dia 28 ele estava aqui com todos, e do nada a gente abre as redes sociais e vê que mataram ele e feriram outro amigo nosso — disse Samuel.
Os outros dois jovens capturados pelos traficantes e que conseguiram fugir também são de São Leopoldo (RS). Um deles levou um tiro no abdômen e continuava internado no Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, até esta manhã, com possibilidade de alta durante a tarde. Já outro teve partes de dois dedos da mão esquerda cortados. Ele já foi ouvido pela polícia e retornou para São Leopoldo ainda na segunda-feira.
Segundo o delegado Ênio Matos, da Delegacia de Homicídios de Florianópolis, ao menos seis pessoas são investigadas como autores da morte do turista gaúcho, todos eles ligados a um grupo que atua no tráfico de drogas na comunidade do Siri. Até esta manhã, ninguém havia sido preso.
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