Em Florianópolis desde novembro e a um pouco mais de uma semana de encerrar a passagem pela cidade, a espanhola Rosa Bujalance Martin vai levar de volta para casa em El Viso de San Juan a perna esquerda enfaixada. Ela torceu o tornozelo enquanto fazia a trilha para a Lagoinha do Leste. Rosa e o marido voltavam do local, quando começou a chover muito. Mesmo de tênis, ela escorregou dobrando a perna esquerda para trás.

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::: Arcanjo enfrenta vento forte para salvar turista em trilha

A turista acredita que levará cerca de dois meses para se recuperar totalmente. Apesar do incidente, espera voltar a Florianópolis o quanto antes. Ela e o marido gostam tanto da Ilha de SC que compraram uma casa e pretendem abrir um negócio na cidade.

Diário Catarinense – A senhora estava sozinha na trilha? Já havia feito outras vezes esse caminho?

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Rosa Bujalance Martin – Eu estava com meu marido. Essa trilha não havia feito nunca. Meu marido fez há uns dois meses e falou para mim que era muito bonita, por isso fizemos juntos.

DC – Vocês estavam fazendo o caminho mais longo ou o mais curto?

Rosa – Estávamos fazendo o mais longo.

DC – Como o acidente aconteceu?

Rosa – Começou a chover muito o chão estava muito molhado e eu ainda estava de tênis, escorreguei e a perna esquerda dobrou para trás e torceu.

DC – O seu marido chamou o socorro? Alguém ajudou?

Rosa – Ele me ajudou fazendo um curativo e colocando um anestésico no local para dor, e assim para eu tentar seguir caminhando mais eu não podia, conseguia colocar o pé no chão, tinha muita dor. Ele pôs uma manta térmica, que levamos. Consideramos que era melhor ele voltar e procurar ajudar. Meu marido faz escaladas e gosta muito de montanha, por isso sempre que fazemos trilhas vamos bem equipados.

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DC – Ele que chamou pelos bombeiros?

Rosa – Sim, ele fez o retorno da trilha em 30, 40 minutos correndo para procurar ajuda. Ele foi pessoalmente chamar os bombeiros da Praia da Matadeiro.

DC – Demorou para o socorro chegar?

Rosa – Não, mas estava complicado o resgate.

DC – A senhora ficou muito nervosa com a situação, já que ventava muito o que complicou o resgate?

Rosa – Um pouco nervosa, mais também tranquila quando os bombeiros chegaram.

DC – A senhora foi bem atendida? Pelos bombeiros e depois no hospital?

Rosa – Sim muito bem. Estou muito agradecida. Muito agradecida a eles pelo resgate.

DC – Já havia feito outras trilhas em Florianópolis?

Rosa – Sim, fizemos trilhas do Gravatá, da Costa da Lagoa, da Galheta e da cachoeira da Praia da Solidão. Nós gostamos muito de caminhar.

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:: Assista ao resgate do Corpo de Bombeiros

Aventure-se com cuidado
A orientação do Corpo de Bombeiros é de que trilhas devem ser feitas com a presença de um guia ou pessoa habilita a prestar socorro no caso de acidentes. Confira alguns alertas para quando você for se aventurar em um passeio como o que deixou a turista espanhola ferida no sábado:
OLHE ONDE PISA
– É importante prestar atenção durante a trilha, porque há muitos obstáculos no caminho, como pedras, troncos, e o piso pode ser escorregadio.
EQUIPE-SE
– Procure usar calçado adequado e não ir de chinelo.
PROTEJA-SE
– Se possível, saia de casa já com uma proteção no tornozelo, evitando possíveis torções.
ÁGUA É FUNDAMENTAL
– Sempre carregue água potável quando for fazer uma trilha, pois assim será possível evitar uma desidratação ou lavar um machucado em caso de ferimento.
INFORME-SE
– Se nunca foi no local onde fará a trilha, é fundamental pesquisar antes. Procurar conversar com alguém da região e tenha um guia ou uma pessoa habilitada em prestar socorro, em caso de acidentes.
NÃO VACILE
– Regiões de difícil acesso devem ser evitadas por turistas ou pessoas sem preparo para o percurso.
Fonte: Corpo de Bombeiros de SC