Santa Catarina é conhecida em todo o país devido à biodiversidade. Quem ama natureza pode encontrar diversas opções em todo o Estado, entre elas, praias, montanhas, lagoas, rios, lagos, montes e florestas. De acordo com dados do Programa Reflora, no território catarinense foram registradas cerca de 5.600 espécies vegetais. Já entre os animais, há ainda 600 espécies de aves, cerca de 150 espécies de mamíferos, 140 denominações sistemáticas de anfíbios e aproximadamente 1.150 designações taxonômicas de espécies de borboletas e mariposas.
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Um local que demonstra todo o potencial ecológico de Santa Catarina é o Resort Costão do Santinho, localizado em Florianópolis. Um dos atrativos do espaço é a diversidade ecológica, já que ele está situado às margens da Praia do Santinho e possui cerca de 75% da extensão composta pela Mata Atlântica. Para estimular o turismo ambiental e também garantir toda a preservação ambiental do espaço, o Costão do Santinho promove diversas ações de sustentabilidade e ecologia – que, inclusive, já renderam premiações ao resort, que é conhecido por promover o turismo sustentável.
O Costão do Santinho foi construído em um conjunto de terrenos com quase um milhão de metros – entre eles, 750 mil m² de Mata Atlântica adquiridos com um único objetivo: preservação. Desde 1999, o resort é responsável pela Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Morro das Aranhas. Além de permitir que os hóspedes e comunidade tenham acesso ao patrimônio histórico e natural do espaço, o resort tem como objetivo preservar o morro através de pesquisa e conservação do meio-ambiente. Atualmente, a Reserva exerce uma grande importância na promoção de educação ambiental e na garantia da qualidade do ar, água e solo da região.

De acordo com informações divulgadas pelo Resort, a área que compõe a RPPN integra um corredor biológico entre a vegetação de restinga, dunas móveis e fixas, lagoas de água doce e a floresta de encosta. Este território também conecta duas unidades de preservação – o Parque Estadual do Rio Vermelho e o Parque Natural Municipal da Lagoa do Jacaré.
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Uma das estratégias utilizadas pelo Costão do Santinho na preservação ambiental é a recuperação das plantas nativas através do plantio de novas mudas. Logo após a criação da Reserva, foram plantadas espécies nativas como o Guarapuvu, Embaúbas, Canelas, entre outras. Através desta ação, o Morro das Aranhas possui atualmente uma rica e diversificada flora, que contribuiu para a atração de diversas espécies de fauna. Com isso, há a garantia de proteção de diversas espécies ameaçadas, que não eram mais vistas na região antes do reflorestamento.
A planta Mimosa catharinensis, que é rara e ameaçada de extinção é um exemplo disso. Esta espécie é conhecida popularmente como unha-de-gato e pode atingir entre três a seis metros de altura. Na RPPN Morro das Aranhas é possível encontrar plantas com as características típicas da espécie, o que permite acompanhar o comportamento reprodutivo e verificar a produção de sementes desta nova população.
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Ainda, a presença desta árvore no Morro das Aranhas representa um grande aporte para reduzir o risco de extinção da Mimosa catharinensis, ainda mais considerando o fato de que ela é uma espécie endêmica – existente apenas ali e no Parque do Rio Vermelho. O Palmito-juçara, espécie também em extinção, mas muito conhecida devido aos frutos, também é encontrado na reserva e ajudou no reaparecimento de fauna nativa.
A fauna da RPPN Morro das Aranhas tem como destaque a diversidade de aves. Durante décadas de observação, segundo dados divulgados pelo Resort, foi possível registrar uma diversidade com mais de 160 espécies, entre residentes, migratórios e visitantes raros.
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Patrimônio histórico desde os primeiros povos de Florianópolis
Além da diversidade de animais e plantas, o Morro das Aranhas também conta com inscrições rupestres feitas entre mil e cinco mil anos por povos pré-históricos que habitavam a costa brasileira. Este patrimônio é preservado através do Museu Arqueológico do Costão, o primeiro à céu aberto do Brasil. Com estas ações, o resort ajuda a manter viva a história de Florianópolis, desde os primeiros povos que habitaram o município. Além dos hóspedes, a comunidade local também pode ter acesso à estrutura histórica e cultural, seja livremente ou através de visitas guiadas dos alunos de escolas da região.

A preservação da natureza, história e cultura estão nas cláusulas pétreas do Costão do Santinho e devem ser mantidas por toda a eternidade, como pontua o seu fundador Fernando Marcondes. Desde a sua concepção, o empreendimento engajou em fortes ações de responsabilidade ambiental, cultural e social e assim continuará, para garantir a preservação da memória e do meio ambiente e também o acesso à comunidade a esses bens de valor inestimável.
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Para garantir a preservação total das belezas naturais que cercam o Costão do Santinho através do menor impacto ambiental possível, o resort também investe no cuidado com a água. Para isso, conta com uma estação de tratamento de efluentes própria, que é uma das mais modernas do Sul brasileiro. Este processo garante que o índice de pureza da água fique em 98%, e além disso, permite a reutilização de 100% da água tratada para a irrigação dos jardins, campo de futebol, golfe, lagoas artificiais e áreas abertas do complexo.
Quer conhecer outras iniciativas do Costão? Acesse o canal no NSC Total.
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