Casais dos Estados Unidos, da Europa e, principalmente, de Angola (África), estão vindo ao Brasil em busca de clínicas de reprodução assistida para realizar o sonho de conceber um filho. Isso porque os centros de fertilização brasileiros têm alcançado excelentes resultados, além de um custo mais baixo – em relação à Europa e Estados Unidos.
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Embora ainda não existam dados oficiais sobre o chamado “turismo reprodutivo”, estima-se que o número de estrangeiros que realizam tratamentos de reprodução assistida no Brasil vem aumentando significativamente nos últimos dois anos.
A médica Claudia Gomes, especialista em Reprodução Humana do Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva, diz que em alguns países a reprodução assistida ainda possui muitas restrições.
– A Alemanha é um caso emblemático, limita o atendimento gratuito a mulheres até 37 anos, só permite a transferência de dois embriões para o útero e não realiza fertilização com óvulos ou esperma doados. A Itália também veta o útero de substituição e restringe a inseminação artificial a casais heterossexuais que não comprovem a relação estável – informa.
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Segundo a especialista, há dois perfis de pacientes que procuram o Brasil para esse fim. Norte-americanos e europeus que vem durante as férias do trabalho e ficam cerca de 40 dias. Caso o tratamento não dê resultado, retornam a seus países de origem em seguida. Já as angolanas, maioria nas clínicas, permanecem no Brasil por meses ou até anos.