O mundo muda de forma muito rápida. O cliente de cinco anos atrás não é o mesmo cliente de hoje. Ele está mais exigente, quer pagar um preço justo, ser muito bem tratado, receber um serviço de qualidade e opinar sobre este serviço. As pessoas mudaram.
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Nesta onda de mudanças, profissionalizar as empresas é essencial. Falando de empresas turísticas, onde muitas delas são familiares, e falando de Santa Catarina, que é um estado de famílias empreendedoras, a mudança no perfil dos clientes tem que ser acompanhada, analisada e requer investimentos constantes.
O turismo em Santa Catarina desenvolveu-se baseado em belezas naturais exuberantes e localização privilegiada entre dois outros estados muito fortes economicamente.
Viajar tornou-se algo mais democrático, as distâncias diminuíram, porém distâncias dentro de nosso próprio Estado ainda são percorridas em várias horas “desnecessárias”. Faltar água, faltar luz, saber que os sistemas de esgoto ainda não são suficientes, não conseguir comunicar-se em inglês, todos são sintomas de um turismo que precisa evoluir muito para intitular-se profissional.
Queremos uma Copa do Mundo, mas não queríamos uma Copa do Mundo com estádios de última hora. Por que tem que ser assim?
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Viajei duas vezes a Fernando de Noronha. Amo aquela ilha e suas belezas, porém uma das maiores decepções da minha vida como cidadã brasileira foi minha primeira chegada ao aeroporto de Noronha (ano de 2010). Aquele pequeno aeroporto poderia ser um exemplo do que o Brasil quer ser e quer mostrar para o mundo e na verdade era, sem exageros, a pura definição do quem ainda somos: um país sem investimentos consistentes, que se perde na politicagem, um lugar onde faltam grandes obras e também falta atenção aos detalhes.
Se tudo mudou tão rápido no planeta, precisam se adaptar as empresas, precisam se adaptar os políticos e também os administradores públicos.
Cresci escutando que “o Brasil é o país do futuro”. Enquanto se repetiam frases feitas e dormíamos em berço que considerávamos “esplêndido” o futuro chegou. Profissionalizar um setor ou profissionalizar um país depende de todos nós.