Prisões e buscas em propriedades movimentaram uma pacata região de Rio dos Cedros na madrugada desta quinta-feira (26). Um grupo de moradores foi alvo de operação da polícia por suspeita não só de caçar animais silvestres ilegalmente, como por convidar conhecidos a fazerem o mesmo, o que as autoridades chamaram de “turismo de caça”.

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O capitão da Polícia Militar Ambiental, Robson Savitraz, contou que cinco detenções foram feitas por conta do encontro de armas sem registro. Todos os oito moradores de Alto Cedros foram alvos de mandados de busca e apreensão.

Os agentes encontraram 50 quilos de animais abatidos, sete bicos de tucanos e recolheram 13 celulares, 23 espingardas e outros tipos de armas, armadilhas, oito coleiras para cães de caça com GPS, cinco rádios comunicadores, sete lunetas, 902 munições e outros objetos. A Polícia Civil atuou em conjunto para seguir com as investigações.

Savitraz explica que, ao que tudo indica, os envolvidos se conhecem e costumam sair juntos para caçar, além de convidar pessoas externas para a prática. A procura por provas tem como objetivo comprovar a organização criminosa formada pelos moradores. As denúncias sobre o comportamento deles começaram a chegar à PM Ambiental em meados de 2022. Desde então, a PM tem feito fiscalizações para flagrar os crimes.

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Em uma delas, encontrou um macaco-prego em uma armadilha. Por isso, a operação desta quinta foi batizada de Sapajus (gênero que inclui a espécie do animal resgatado há cerca de quatro meses). Nesta manhã, 39 policiais e 21 viaturas participaram das abordagens.

As investigações continuam e os suspeitos podem ser indiciados por organização criminosa, porte ilegal de arma e caça.

Veja fotos da operação

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