Mais da metade dos representantes de hotéis, restaurantes, organizadores de eventos e prestadores de serviços no setor de turismo possuem nível de confiança alto ou muito alto com o sucesso da temporada de verão 2024/2025 em Florianópolis. É o que aponta a pesquisa realizada pela associação empresarial Destino Floripa & Região, que atua em prol do turismo de eventos e lazer, feita com seus associados. Entretanto, alguns pontos críticos foram levantados pelo estudo, como a mobilidade e a balneabilidade.

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Desafios com impactos no turismo

Entre os desafios citados para o setor estão a necessidade de melhorias em infraestrutura, qualificação de equipes nos prestadores de serviços e gestão integrada de eventos por parte da prefeitura municipal.

Para 88,7% dos associados, a mobilidade urbana é um ponto negativo da Capital. Outros pontos de atenção são a balneabilidade (64,4%), seguida da segurança pública (35,6%), abastecimento de água (33,3%), fiscalização de ambulantes irregulares (31,1%), fornecimento de energia (20%) e alagamentos (2,2%).

— A identificação desses gargalos nos permite alinhar ações e promover o diálogo com os gestores públicos e os demais interessados, fortalecendo nossa capacidade de responder às demandas reais do mercado — analisa o presidente do Destino Floripa, Mario Costa Junior

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Boas expectativas

O levantamento avaliou também a expectativa para o fluxo de turistas nesse período, o impacto de datas comemorativas como o Natal, o Réveillon e o Carnaval, e apontou oportunidades para o setor.

Entre os entrevistados, 11,1% afirmaram ter nível de confiança muito alto, 40,1% disseram ter nível de confiança alto, 42,2% moderado, 4,4% baixo e 2,2% muito baixo.

Ainda, 46,7% dos associados acreditam que o fluxo de turistas terá um aumento significativo, enquanto 38,8% esperam por uma elevação moderada. A pesquisa questionou também sobre o tempo médio de permanência, sendo que 80% dos representantes do setor do turismo disseram que acreditam que os turistas devem passar mais tempo na Capital.

O turismo nacional foi destacado por 42,2% dos participantes da pesquisa, enquanto 20% esperam maior representatividade do mercado internacional, marcado tradicionalmente pela vinda de turistas argentinos.

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Confira registros do verão em Florianópolis

A principal aposta de crescimento do setor é o turista chileno, seguido pelo argentino, europeu, uruguaio e paraguaio.

— A expectativa está associada às novas rotas aéreas que conectam Florianópolis com voos diretos a esses países, além dos novos voos para Portugal, Caribe e América do Norte — explica o presidente do Destino Floripa, Mario Costa Junior.

Além disso, os empresários e prestadores de serviços preveem o Rio Grande do Sul e São Paulo como os estados brasileiros com maior fluxo esperado de turistas, seguido dos próprios catarinenses, e dos moradores do Paraná.

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O Ano Novo deve ser o período com maior impacto no desempenho da temporada, e 80% dos associados da Destino Floripa & Região querem que os shows de fogos sejam mantidos na região. Ainda, quase 50% dizem que a antecedência na divulgação das atrações de Natal, Réveillon e Carnaval auxilia na captação de turistas.

Confira os detalhes da pesquisa do setor de turismo

Nível de confiança no sucesso da temporada

  • Muito alto: 11,1%
  • Alto: 40,1%
  • Moderado: 42,2%
  • Baixo: 4,4%
  • Muito baixo: 2,2%

Média esperada de permanência dos turistas

  • Aumento significativo: 28,9%
  • Aumento moderado: 51,1%
  • Manutenção: 15,6%
  • Queda moderada: 4,4%
  • Queda significativa: 0%

Mercado com maior representatividade esperado

  • Nacional: 42,2%
  • Internacional: 20%
  • Ambos, com destaque equilibrado: 37,8%

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Estados com maior fluxo esperado de turistas

  • Rio Grande do Sul: 80%
  • São Paulo: 75,6%
  • Santa Catarina: 57,8%
  • Paraná: 48,9%
  • Mato Grosso do Sul: 20%
  • Rio de Janeiro: 15,6%
  • Minas Gerais: 8,9%
  • Distrito Federal: 8,9%
  • Goiás: 2,2%

Principais desafios

  • Mobilidade urbana: 86,7%
  • Balneabilidade das praias: 64,4%
  • Segurança pública: 35,6%
  • Abastecimento de água: 33,3%
  • Fiscalização de ambulantes irregulares: 31,1%
  • Fornecimento de energia: 20%
  • Alagamentos: 2,2%

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