Os tunisianos votam neste domingo para eleger a primeira “Assembleia de Representantes do Povo” quatro anos após a revolução de 2010. As eleições – tidas como cruciais para a consolidação da democracia no país – transcorrme sob fortes medidas de segurança para evitar atentados jihadistas. Cerca de 80 mil policiais e militares foram mobilizados para o pleito.

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Em outubro de 2011, a eleição da assembleia constituinte – vencida pelos islamitas do Ennahda – foi a primeira consulta livre da história do país. Porém, a legislativa deste domingo é considerada fundamental por especialistas porque deve permitir que o país crie instituições democráticas sólidas – enquanto a maior parte dos países que viveram a Primavera Árabe está mergulhada em caos ou repressão.

Duas horas antes do fechamento das zonas eleitorais, 50,6% dos eleitores havia comparecido às urnas para eleger 217 deputados por representação proporcional. Os resultados devem ser anunciados nesta segunda-feira.

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– Todos os projetores foram lançados sobre nós e o sucesso desta operação é uma garantia para o futuro (…), uma luz de esperança para os jovens da região – declarou o primeiro-ministro Mehdi Jomaa.

De acordo com analistas, dois partidos são favoritos: o islamita Ennahda, no poder de 2012 até o início de 2014, e seus principais opositores do Nidaa Tounes. A campanha eleitoral foi morna, com muitos tunisianos desapontados com as batalhas políticas que atrasaram a votação, prevista originalmente para outubro de 2012.

Os partidos se concentraram em dois grandes tema: a segurança, no momento em que a Tunísia testemunha o surgimento de grupos jihadistas terroristas, e a economia, que permanece anêmica e ferida pelo desemprego e a miséria.

*AFP