Quase 50 dias depois da reportagem da Hora mostrar que a erosão provocada pelas obras paradas nas gavetas do Cemitério do Itacorubi deixava túmulos e caixões expostos, a situação segue praticamente a mesma. A única medida que a prefeitura tomou nesse tempo todo foi colocar uma lona azul no local, que mesmo assim só está escondendo cinco dos sete túmulos que estão nessa condição.
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Devido à ação do tempo, a madeira já apodreceu e em alguns casos dá pra ver a silhueta dos restos mortais. As obras nas 571 novas gavetas mortuárias também seguem paradas, com piscinas de concreto sendo formadas, foco perfeito para o mosquito da dengue.
Em abril, o secretário adjunto de Meio Ambiente, Planejamento e Desenvolvimento Urbano, João Cobalchini, informou que engenheiros iriam realizar um estudo sobre a possibilidade de remanejar terra de outra área do cemitério. Mas até agora, nada desse estudo.
Quanto a obra das gavetas, no valor de R$ 574 mil, a prefeitura informou nesta segunda-feira que aguarda posição da empreiteira que executou parte das obras das gavetas sobre uma adequação do projeto inicial para redução dos valores originais. E que na quarta-feira a prefeitura deve iniciar a cobertura das sepulturas que estão expostas paliativamente.
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o secretário informa que que ainda está sendo feita a reanálise deste contrato, já que a gestão passada licitou a obra mas não pagou a empresa responsável.
Hoje são 35 mil túmulos no cemitério do Itacorubi com 68.105 pessoas enterradas, segundo a Secretaria do Meio Ambiente, Planejamento e Desenvolvimento Urbano. Não há espaço para novas vagas no maior cemitério de Santa Catarina, apenas para parentes de familiares que já tenha lápide.