Mais antiga vencedora da São Silvestre em atividade, a etíope Derartu Tulu, de 37 anos, tem motivos de sobra para acreditar que pode repetir o feito de 1994, na prova desta quinta-feira, com início às 16h25min (de Brasília). Campeã da última maratona de Nova Iorque (EUA), em novembro, e dona de um currículo que conta com dois ouros olímpicos nos 10.000m, a fundista mostra-se confiante para manter a Etiópia no lugar mais alto do pódio. No ano passado, sua compatriota Yimer Wude Ayalew surpreendeu a todos e ficou com o título.

Continua depois da publicidade

– Venho aqui para vencer e manter a Etiópia entre os melhores do mundo – disse Tulu.

Apesar da idade um pouco avançada, a etíope não pensa em abandonar as corridas tão cedo. E vê na São Silvestre mais uma oportunidade de esbanjar sua forma, tendo em vista a Olimpíada de Londres, em 2012, quando terá completado 40 anos.

– Não penso em parar tão cedo. O meu objetivo é estar na Olimpíada e espero me classificar – afirmou.

Nascida em berço de fundistas importantes como Abebe Bikila e Kenenisa Bekele, Derartu Tulu contou que seu sucesso na Olimpíada de 92, em Barcelona, contribuiu para que o interesse das mulheres no esporte aumentasse e muito.

Continua depois da publicidade

– Eu impulsionei uma geração. Hoje em dia, saio nas ruas e todo mundo me reconhece, pede autógrafo. Nesta quinta, com certeza, estarão acompanhando a prova – disse.

A confiança de Tulu, entretanto, não faz com que perca o respeito pelas rivais brasileiras e quenianas, além da sérvia Olivera Jevtic, bicampeã da tradicional prova paulistana.

– Todas são rivais muito difíceis – opinou.

Ciente das conquistas da etíope, as corredoras do Brasil são modestas ao comentar as chances de um triunfo do país – o que não acontece desde 2006, quando Lucélia Peres venceu.

– Só de estar no pódio ou completar a prova vai ser uma vitória para mim – disse Maria Zeferina Baldaia.

Continua depois da publicidade