Alunos do ensino infantil e fundamental voltarão às aulas na próxima segunda-feira (7) em Joinville. E, ao contrário de 2021, desta vez, a volta será 100% presencial e obrigatória, sem opções de ensino híbrido e remoto. A expectativa é de que cerca de 71,8 mil estudantes da rede municipal retomem às escolas.
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Para Diego Calegari, secretário da pasta, o retorno ao presencial é a principal e mais importante mudança para o ano letivo de 2022. Junto ao regime, será adotada uma série de ações que visam “normalizar” a aprendizagem. Uma delas é o reforço escolar.
— Em função desses dois anos de pandemia, um sistema de avaliação da aprendizagem será implementado. Nas primeiras semanas do ano, os alunos vão passar por avaliação diagnóstica, para identificar onde sentem maior dificuldade — explica Calegari.
Os estudantes que apresentarem defasagens específicas, terão a oportunidade de fortalecer essas disciplinas no contraturno. O foco principal, segundo o secretário, será em português e matemática.
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Ampliação de vagas no infantil
Outra mudança citada por Calegari para este ano é o acréscimo de 1.800 vagas no ensino infantil que, até o final do ano passado, contava com uma lista de espera de cerca de 6 mil crianças.
As novas vagas foram abertas em parcerias com entidades educacionais privadas e, também, por meio de expansão na infraestrutura do próprio município, que inaugurou novos Centros de Educação Infantil (CEIs) em Pirabeiraba, no Rio Bonito e aumentou o CEI Bem-Me-Quer, no Jardim Paraíso.
Governo de SC garante volta às aulas 100% presenciais em fevereiro
No ensino fundamental não houveram mudanças significativas com relação a aberturas de vagas, já que na modalidade não há um déficit, mas foram abertas novas turmas na Escola Municipal Prefeito Wittch Freitag, no Aventureiro, e a Escola Leia Maria Aguiar Lepper, no Saguaçu, foi municipalizada.
Sem obrigatoriedade de vacina
Para este retorno, a secretaria da Educação deve seguir as diretrizes de cuidados relacionados à Covid-19 previstas no Plano Municipal de Contingência e, também, em portarias e decretos municipais e estaduais.
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Com 5,77% da população de 5 a 11 anos vacinada contra a Covid-19, segundo Calegari, neste momento, não haverá exigência de vacinação contra a doença para as crianças frequentarem o ensino municipal.
Conforme determinação estadual, o distanciamento de um metro não é mais necessário pela norma e a vacinação é obrigatória para todos os profissionais de educação. Além disso, o uso da máscara ainda é obrigatório, assim como a higiene das mãos. Em Joinville, o distanciamento deve ser mantido durante o intervalo das aulas, mas não haverá mais demarcações dentro das salas.
Calegari ainda reforça que, desta vez, o ensino presencial será obrigatório. Conforme o município, crianças com comorbidades foram prioridade no início da imunização e, por isso, caso não haja alguma limitação médica, podem frequentar as aulas.
— O presencial volta a ser regra, os pais não têm opção de ensino remoto. A única exceção é em casos com prescrição médica. Aos demais, retoma a sua normalidade — enfatiza.
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Para estudantes com recomendações médicas, aí, sim, será mantida a estrutura híbrida, com professores disponíveis de forma remota e roteiros de estudos. Calegari diz que a escola é um ambiente seguro e que isso já foi provado no ano letivo de 2021.
— As crianças vieram no ano pasado, quando ainda não existia vacina [para este público]. No final de 2021 estávamos com boa parte da nossa rede no presencial. A escola é um ambiente seguro, esteja a criança vacinada ou não. E manteremos todos os protocolos para continuar — destaca.
Cobertura vacinal garante retorno seguro
Tarcísio Crocomo, médico e infectologista pediátrico, diz que o retorno seguro das aulas está diretamente atrelado à cobertura vacinal e aos cuidados não farmacológicos, como o uso de máscaras e higienização das mãos e, em caso de detecção de eventuais casos, a implementação de isolamento domiciliar.
O especialista reforça que a produção e aplicação da vacina para proteção contra a Covid é segura, comprovada através de estudos científicos, e seguiu protocolos obrigatórios durante a confecção.
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— Os resultados são evidentes e mostram seu benefício e segurança. Os eventuais efeitos que possam ocorrer não são de maior gravidade e, mesmo que haja efeitos, os mais graves são transitórios e em menor número do que ocorre quando comparado aos não vacinados. Portanto, não há motivos para não vacinar — ressalta.
Além da proteção individual, o pediatra afirma que o imunizante é uma ação de proteção coletiva, que colabora com a diminuição da circulação do vírus e, junto a isso, diminui os riscos de aparecimentos de cepas mutantes.
— Aqueles que, infelizmente, rejeitam a imunização devem assumir a responsabilidade do seu ato com total consciência da atitute, como o risco de seu filho adoecer gravemente, sabendo que temos uma vacina capaz de conter o avanço da doença — finaliza o especialista.
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