A decisão do PSDB de permanecer no governo não coloca um ponto final na divisão interna do partido. Nesta terça-feira (13), algumas horas depois de a executiva nacional optar pela permanência da legenda na base aliada, os “cabeças-pretas” se reuniram para discutir como se comportarão daqui em diante.

Continua depois da publicidade

Esses deputados estudam marcar posição, publicamente, para demonstrar que discordam dos rumos adotados na executiva. Eles avaliam, no entanto, que ainda é muito cedo para fazer uma sinalização contrária à definida pela maioria dos tucanos. Por isso, é possível que os “cabeças-pretas” voltem a se manifestar publicamente somente na semana que vem.

Leia mais:

PSDB fica com Temer, mas não se sabe até quando

Tasso reconhece incoerência por PSDB ficar no governo e recorrer contra o TSE

Continua depois da publicidade

Apoio de Alckmin, Doria e Aécio mantém PSDB no governo Temer

Dos 46 deputados que integram a bancada tucana na Câmara dos Deputados, 14 continuam firmes na defesa de que é preciso abandonar Michel Temer. São esses parlamentares que seguem se reunindo frequentemente para se organizarem a fim de pressionar a cúpula.

Uma das justificativas para não aceitaram, passivamente, a decisão da Executiva é que não houve votação definitiva sobre o desembarque entre os membros presentes.

Na reunião realizada nesta terça-feira, os “cabeças-pretas” avaliaram como positiva a declaração do presidente interino do partido, Tasso Jereissati (CE), ao final do encontro. Na ocasião, o tucano admitiu que foi voto vencido na reunião, mostrando discordância com a decisão final.

— Esse não é meu governo, não é o governo dos meus sonhos. Não votei nem nele (Temer) nem nela (Dilma). Estão aí por causa da circunstância do país, que nos levou a isso — disse.

Continua depois da publicidade

Leia as últimas notícias