Tubarão vai gradativamente voltando à normalidade nesta sexta-feira (6) após 24 horas de tensão causada pelas fortes chuvas que atingiram o município desde a última segunda-feira (2).
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Segundo a prefeitura, o nível do rio já se encontra em situação segura para que os serviços na cidade voltem a funcionar, apesar de o município ainda registrar pontos de alagamento.
O comércio chegou a ser fechado, mas um novo decreto autorizou a reabertura.
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Os bairros mais afetados são Humaitá, Madre, São João, Km 60 e Bom Pastor.
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O nível do rio, de acordo com a prefeitura, baixou em dois metros durante a quinta-feira (5) e se encontrava em 5,55 metros na última leitura Ele deve chegar em cerca de 3 metros para que volte a ficar regular, de acordo com o órgão.
> Casal que perdeu a filha na enchente de 1974 em Tubarão vive drama com volta ao abrigo
As atividades não essenciais estavam suspensas desde a quarta-feira (4). O decreto, que libera a volta do comércio na cidade se dá pelas condições climáticas favoráveis para os próximos dias, conforme informou o prefeito da cidade, Joares Ponticelli.
Não há previsão de chuva para o município.
Cerca de 170 pessoas ainda estão em abrigos. No decorrer das últimas 24 horas, os alojamentos chegaram a registrar 700 pessoas desalojadas. Segundo a prefeitura, a situação da cidade deve voltar ao normal no decorrer dos próximos dias. No entanto, ainda não é possível contabilizar os prejuízos.
Diário Catarinense foi a Tubarão
A reportagem do Diário Catarinense esteve em Tubarão nesta quinta-feira (5) e viu de perto a situação na cidade. Os moradores viveram um clima de tensão em meio às lembranças da grande enchente de 1974, maior tragédia climática de Santa Catarina e que deixou ao menos 199 mortos.
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Um casal que perdeu a filha naquele ano teve de ir ao abrigo e conversou com a repórter Catarina Duarte e o fotógrafo Tiago Ghizoni. Sem desgrudar um do outro, lembraram do horror vivido quase 50 anos atrás como justificativa para buscar um lugar seguro antes de as águas do Rio Tubarão subirem ainda mais.
*Sob supervisão de Augusto Ittner
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