O município de Tubarão decretou situação de emergência nesta quarta-feira (4) por conta das chuvas intensas que atingem a cidade, assim como outras regiões do Estado. O documento permite deslocar funcionários e fazer compras com dispensa de licitação para minimizar os estragos.
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No mesmo dia, o comércio local e outras atividades não essenciais estarão suspensas a partir do meio-dia devido à previsão de novos alagamentos com o transbordamento do Rio Tubarão, que corta a cidade.
Por volta das 9h, o nível dele na altura do batalhão do Exército no município era de 6,34 metros acima do normal. Já na região central, em medição após às 10h, estava em 5,31 metros acima. O limite de segurança é de 5 metros para além do nível normal.
A passarela Ângelo Antônio Zaboti, que cruza o rio, precisou ser interditada já durante a madrugada por risco de choque elétrico — um cachorro sofreu uma descarga do tipo no local, segundo moradores relataram às autoridades.
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O município já registra alagamentos em diversas regiões, casos de São João Margem Esquerda, Sertão da Jararaca, Bom Pastor e Madre. Em uma das principais vias da cidade, a rua Padre Geraldo Spettmann, completamente interditada, um morador foi visto durante a manhã circulando de caiaque.
A rua serve de entrada ao município, ligando uma via paralela à rodovia BR-101 à região central. Ela termina ao chegar na ponte Nereu Ramos, que atravessa o Rio Tubarão. A via também abriga a rodoviária da cidade. Por conta disso, as saídas de ônibus são feitos em uma avenida paralela a duas quadras dali, a Patrício Lima, no posto de combustíveis Fera.
A cidade já tem cerca de 60 pessoas desalojadas, que foram removidas de áreas de risco. Elas foram deslocadas para casas de familiares e equipamentos públicos da prefeitura, sob gestão Joares Ponticelli (PP), como ginásios de esportes. Há ainda outros 12 espaços colocados à disposição para isso, como igrejas. Uma unidade da Assembleia de Deus no bairro Recife recebe 16 pessoas nesta manhã.
Tubarão também enfrenta quedas de energia, em especial nas regiões do Humaitá, Oficinas, Santo Antônio de Pádua e Congonhas.
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Por conta disso, os trabalhos com bombas hidráulicas, que ajudam na secagem das áreas alagadas, ficaram comprometidos ao longo da madrugada. Uma delas, instalada na rua Tubalcaim Faraco, queimou e causou alagamento na própria via.
As aulas na rede municipal do município também estão suspensas desde a tarde de terça (3), quando já havia dificuldade de acessar ao menos 26 unidades escolares. Várias delas amanheceram alagadas nesta quarta. A cidade também precisou fechar quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
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