Trump faz críticas a tarifas brasileiras e promete “taxar de volta”

As tarifas alfandegárias sobre produtos americanos foram assunto de uma declaração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira (16). O republicano afirmou que o Brasil “tarifa demais” e prometeu retaliar da mesma maneira.

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— Nós vamos tratar as pessoas de forma muito justa, mas a palavra ‘recíproco’ é importante. A Índia cobra muito, o Brasil cobra muito. Se eles querem nos cobrar, tudo bem, mas vamos cobrar a mesma coisa — disse Trump.

A fala ocorreu durante entrevista coletiva realizada em Mar-A-Lago, em Palm Beach, na Flórida. Desde a vitória nas eleições presidenciais, em novembro, Trump tem feito promessas de aumentar tarifas sobre produtos chineses e também de criar novas tarifas sobre outros países.

O presidente eleito afirmou que as cobranças tornarão o país mais rico e descartou uma possível inflação com o encarecimento de produtos vindos do exterior, necessários, por exemplo, para a fabricação de automóveis.

— Não tivemos aumento da inflação [no primeiro mandato] e impomos muitas tarifas em várias coisas, no aço. Nosso país está em déficit com todo mundo — afirmou.

Trump falou em aumentar tarifas em outros momentos

Ainda no final de novembro, Trump declarou que deve impor tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá a partir do seu primeiro dia no cargo, em 20 de janeiro de 2025. Além disso, ele projeta aumentar em 10% os impostos para produtos chineses.

A medida com foco nos países vizinhos tem como justificativa que ambos não estariam combatendo o tráfico de drogas e a migração ilegal para os Estados Unidos. Ainda, ele ameaçou impor tarifas aos membros do Brics caso o bloco substitua o dólar em suas transações.

“Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano, caso contrário, eles sofrerão 100% de tarifas e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana”, escreveu Trump em novembro na sua rede social, Truth Social.

*Com informações de Folha de S. Paulo

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