O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e outros 18 aliados foram indiciados nesta segunda-feira (14) por terem conspirado para tentar interferir no resultado das eleições de 2020 no Estado da Georgia. É a quarta vez em cinco meses que tribunais americanos acatam denúncias contra Trump, que perdeu a corrida presidencial para Joe Biden.

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A acusação detalha dezenas de atos do ex-presidente e de seus aliados para tentar reverter a derrota nas urnas, como intimidar o secretário de Estado da Geórgia, importunar servidores com falsas alegações de fraude eleitoral e tentar persuadir parlamentares a ignorar a vontade popular no colégio eleitoral que escolhe o presidente dos Estados Unidos.

“Trump e os outros réus acusados se recusaram a aceitar que Trump perdeu e, consciente e voluntariamente, se juntaram a uma conspiração para mudar ilegalmente o resultado da eleição em favor de Trump”, diz a acusação assinada pela promotora distrital do condado de Fulton, Fani Willis, que também descreve um esquema para adulterar máquinas de votação e roubar dados.

Outros réus incluem o ex-chefe de gabinete da Casa Branca Mark Meadows; o ex-prefeito de Nova York e advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani; e o ex-funcionário do Departamento de Justiça americano Jeffrey Clark. Outros advogados que conceberam ideias para tentar anular o resultado da votação, incluindo John Eastman, Sidney Powell e Kenneth Chesebro, também foram acusados.

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De acordo com as denúncias, os indiciados seriam membros de uma “organização criminosa” que operava na Geórgia e em outros Estados, em uma linguagem que evoca operações contra chefes da máfia e líderes de gangues.

Trump vai a tribunal para se entregar à Justiça e se tornar 1º ex-presidente dos EUA réu

A promotora informou que os réus terão prazo para se apresentar voluntariamente à Justiça até o meio-dia do dia 25 e que planeja marcar o julgamento do caso para daqui a seis meses, no máximo.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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